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Política & Poder

Ação de Bolsonaro contra Moraes é anormalidade institucional, afirma Pacheco

Em entrevista coletiva no Senado, Pacheco inicialmente disse que o caso era um “episódio resolvido”

FolhaPress

18/05/2022 18h18

Foto: Reprodução

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), disse nesta quarta-feira (18) que a notícia-crime apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes é constitucional, mas classificou o episódio como uma “anormalidade institucional”.

Em entrevista coletiva no Senado, Pacheco inicialmente disse que o caso era um “episódio resolvido”, uma vez que o ministro Dias Toffoli já rejeitou a ação movida por Bolsonaro. Para ele, o presidente tinha o direito de apresentar a queixa, assim como o Supremo agiu dentro do que prevê a Constituição ao rejeitar a notícia-crime.

Questionado por um repórter sobre a ação que Bolsonaro agora move na PGR (Procuradoria-Geral da República), Pacheco só disse que não tinha conhecimento do teor do pedido e que cabia ao órgão analisar.

Finalmente, após ser perguntado se esta não era mais uma situação que provoca tensão entre os Poderes, o presidente do Senado concordou. “É mais um episódio de anormalidade institucional que a gente busca corrigir e que é muito importante que se corrija e que as instituições e os membros dessas instituições possam se respeitar”, disse o senador.

“Mas obviamente que aquilo que estiver dentro dos limites constitucionais do direito de pedir e do direito também de um Poder negar, isso está dentro da normalidade”, ponderou, em defesa do direito de Bolsonaro de entrar com a ação e do STF de rejeitá-la.

Após ser barrado no Supremo, o presidente usou a mesma base para protocolar a nova ação na PGR, com cinco argumentos contra Alexandre de Moraes.

A expectativa entre auxiliares de Aras ouvidos pelo UOL é de que ele não peça abertura de inquérito contra Alexandre de Moraes. A ação representa um impasse para o PGR que, ao mesmo tempo que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), também busca uma política de “boa vizinha” com o STF e com o Congresso Nacional.

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