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Política & Poder

‘A Constituição jamais será rasgada’, diz Lira após manifestações antidemocráticas

Arthur Lira se posicionou sobre o ocorrido e enalteceu a integração entre os poderes

Guilherme Gomes

08/09/2021 13h40

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), novamente discursar em manifestações com pautas antidemocráticas, autoridades parlamentares se movimentaram e repudiaram o ato do chefe do executivo. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira se posicionou sobre o ocorrido e enalteceu a integração entre os poderes.

“A Câmara não parou diante de crise, isso só faz o Brasil perder tempo e vidas […] Conversarei com todos os poderes, é hora de dar um basta nessa escalada, nesse looping negativo”, disse Arthur Lira.

O presidente da Câmara lembrou que atravessamos um período de crise no que ele chamou de ‘Brasil real’, com autos preços nos mercados e a realidade na pandemia.

No dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, apoiadores do governo Bolsonaro mobilizaram manifestações que reivindicavam pautas antidemocráticas como a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar.

“A Câmara é um motor de pacificação […] nosso país foi construído com união e solidariedade […] Por fim vale lembrar, nossa constituição jamais será rasgada”, enfatizou Arthur Lira.

Em nenhum momento, Arthur Lira falou sobre a crise nas instituições. O chefe da Câmara disse que a crise política é super dimensionada na internet o que leva a radicalização na política.

Lira não citou o nome do presidente, mas avisou o chefe do executivo que o poder legislativo é o equilíbrio dos poderes e qualquer ameaça pode ser respondida a altura. Por fim, o parlamentar disse que tudo isso acabará nas eleições de 2022, dando a entender que não deve dar continuidade aos pedidos de impeachment contra Bolsonaro

PDT convoca reunião sobre impeachment de Bolsonaro

Mais cedo, o Partido Democrático Brasileiro (PDT) convocou os partidos para uma reunião, às 19h de modo virtual, para discutir o impeachment do presidente. A articulação é do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e comparecerão PT, PSOL, Solidariedade, Rede e Cidadania. MDB, PSDB, DEM, PSL E PSD não responderam se participarão do encontro.

DEM E PSL soltaram uma nota de repúdio ao discurso de Bolsonaro, nas manifestações com pautas antidemocráticas no 7 de setembro.

“Repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país”, diz a nota.

O documento diz que os partidos entendem que a liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria democracia.

“Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas. Coloquemos as mãos à obra.

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