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Opinião

Por que apoiar pequenas e médias empresas?

Os pequenos negócios foram os responsáveis pela criação de cerca de 2,1 milhões de postos de trabalho em 2021

Redação Jornal de Brasília

08/06/2022 17h04

Foto: Divulgação

Raissa Benevides Costa*

Quase 122 mil empresas de pequeno porte foram abertas no país no ano passado – volume 29% maior que em 2020 – aponta o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a partir de dados da Receita Federal, confirmando o crescimento relevante do segmento. São aproximadamente 1,128 milhão de empresas de pequeno porte no Brasil e quase 116 mil de médio porte, conforme a plataforma de big data Econodata.

Os pequenos negócios foram os responsáveis pela criação de cerca de 2,1 milhões de postos de trabalho em 2021, enquanto as médias e grandes empresas concluíram o ano com saldo de 505,4 mil novos empregos. Essas informações da pesquisa realizada pelo Sebrae com base em dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência, destacam a importância das pequenas e médias empresas (PMEs) para a economia brasileira, em razão do alto volume de empregos e de negócios que geram em todo o território nacional.

Entre as vantagens das PMEs está a maior capacidade de adaptação a momentos de crise, com estrutura mais enxuta, em geral, por não terem que lidar com muitos empregados e capital investido. Entretanto, elas podem ter mais dificuldade para encontrar opções de crédito, pois apresentam maior grau de risco.

Por isso, contar com um apoio financeiro personalizado é fundamental para a sobrevivência das empresas desse porte. Ao invés de soluções padrão, as ideias customizadas ajudam essas empresas a ter um crédito aprovado mais rapidamente e a viabilizar demandas específicas de investimento, capital de giro ou negócios internacionais, entre outras.

Uma estratégia que estamos utilizando é a implantação de Polos – estruturas instaladas dentro das agências que reúnem especialistas em soluções financeiras para empresas com faturamento anual entre R$ 3 milhões e R$ 30 milhões. As aberturas seguem o movimento de interiorização iniciado pelo Banco em 2019 para levar maior capilaridade de atendimento para áreas mais distantes. Hoje temos cinco polos no Distrito Federal, sendo três no plano piloto e dois no entorno – um em Taguatinga e outro, recém-aberto em Valparaíso (GO), nos quais atendemos cerca de 3500 PMEs.

Uma equipe especializada em adquirência, linhas de crédito e de investimentos mais estruturados, entre outros produtos e serviços, garante a proximidade com os clientes e atende ao crescimento constante do segmento. Esse modelo pioneiro de atendimento disponibiliza gerentes que realizam visitas periódicas às empresas, estabelecendo uma relação próxima e duradoura com os clientes, à medida que conhecem a fundo suas demandas mais particulares. Nos polos, em média, 80% dos atendimentos ocorrem presencialmente, com os clientes nas agências ou com os profissionais do banco visitando as empresas, garantindo agilidade na análise e concessão das linhas de crédito.

Para facilitar a rotina financeira, as PMEs também têm à disposição uma plataforma de gestão financeira que gerencia o fluxo de caixa. A nova ferramenta analisa o que a empresa tem a receber e a pagar, consolida as informações em um só lugar e indica a melhor decisão, conforme os dados disponíveis. Essa iniciativa pioneira entrega aos clientes uma análise completa das movimentações realizadas nos últimos três meses e futuras – no horizonte de 90 dias. Em breve, este prazo será expandido permitindo filtrar 24 meses anteriores e os 12 meses posteriores.

Nos dois últimos anos, no cenário de pandemia, estivemos ao lado dos empresários, levando mais prazo e liberando capital de giro para garantir o fluxo de caixa. Os clientes PMEs respondem, hoje, por 13,6% da carteira do Santander, segundo o balanço do primeiro trimestre de 2022 divulgado na última semana de abril – em média, são abertas 42 mil contas por mês. Entre março de 2021 e o mesmo mês deste ano, houve aumento de 12,2% na carteira de crédito para PMEs. Nossos indicadores internos mostram que a presença física e a estrutura para atendimento de forma especializada contribuem para que o empresário viabilize mais negócios com o banco. E, diante da relevância, acreditamos que continuaremos a registrar números positivos nesse segmento que faz toda a diferença à economia do País.

*Superintendente Executiva da Rede Brasília do Santander Brasil

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