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Opinião

75 Anos da NATO: Uma Aliança para a Democracia e a Liberdade Global

Criada em 1949 pelos Estados Unidos e seus aliados europeus, tem como o principal objetivo de promover a segurança coletiva de seus membros

Redação Jornal de Brasília

09/04/2024 12h42

KENZO TRIBOUILLARD/ AFP

Por: Renata Bueno*

Recentemente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) alcançou uma marca histórica: 75 anos desde sua fundação. No Brasil, essa organização pode não ser tão discutida quanto em outros lugares do mundo, mas sua importância é vital para a defesa da democracia e da liberdade em escala global.

Criada em 1949 pelos Estados Unidos e seus aliados europeus, tem como o principal objetivo de promover a segurança coletiva e a defesa igualitária entre os países membros da organização. Representando o compromisso político, a NATO compartilha a defesa da paz e da estabilidade internacional, indo além de uma aliança militar. Sua atual sede fica localizada na região de Bruxelas, na Bélgica e conta com o apoio de 32 países da América do Norte.

Seus princípios fundamentais incluem a solidariedade entre os países membros e o compromisso com a defesa coletiva. Quando um membro da NATO é atacado, os outros membros se comprometem a considerar isso como um ataque contra todos, garantindo uma resposta unificada e coordenada em caso de ameaça ou agressão, tentando sempre garantir a apaziguamento da situação.

Nos dias de hoje, a organização enfrenta novos desafios e ameaças, especialmente com a postura ríspida de líderes como Vladimir Putin, presidente da Rússia, que tem criticado abertamente a presença e influência da NATO, especialmente nos países próximos à Rússia, como Finlândia e Suécia. Desde o fim da Guerra Fria, as relações entre a NATO e a Rússia têm sido desafiadoras, com tensões aumentando em situações específicas, como durante a crise na Ucrânia em 2014. A Rússia vê a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte em direção ao Leste Europeu como uma ameaça à sua segurança nacional.

Apesar das tensões, a diplomacia e os canais de comunicação entre os dois lados, são mantidos para evitar mal-entendidos e acidentes que poderiam escalar para um confronto direto. Ambos os lados possuem capacidades militares significativas, incluindo armas nucleares, o que adiciona uma camada de complicação na comunicação e cautela no que fazer ou falar nessa situação de crise.

Nestes 75 anos, a NATO desempenhou um papel importante no ajuste da estabilidade e segurança na Europa, contribuindo significativamente para a preservação da ordem internacional baseada em regras a serem seguidas. Embora muitos brasileiros possam não estar familiarizados com a NATO, é essencial reconhecer sua influência e significado para a paz e estabilidade no cenário global atual.

A mídia frequentemente busca insights de especialistas em segurança internacional e diplomacia, como Michael McFaul, ex-embaixador dos Estados Unidos na Rússia e professor de Ciência Política na Universidade de Stanford, comentarista sobre assuntos relacionados à política externa dos EUA e à relação EUA-Rússia, e Angela Stent, professora de Relações Internacionais e especialista em política russa e euroasiática na Universidade de Georgetown, que oferece análises sobre as relações entre a Rússia e o Ocidente, para poderem avaliar o risco de um confronto entre a NATO e a Rússia.

Em resumo, embora o risco de um confronto direto entre a NATO e a Rússia seja uma preocupação séria, especialmente em momentos de escalada de tensões, as estratégias diplomáticas, canais de comunicação abertos e o diálogo contínuo são fundamentais para evitar qualquer desdobramento militar catastrófico.

A mídia desempenha um papel importante ao fornecer análises aprofundadas e informações contextuais para informar o público sobre essas questões críticas de segurança internacional.

Renata Bueno é uma parlamentar ítalo-brasileira nascida em 1979 em Brasília, DF, Brasil. Conhecida por seu envolvimento na política e na defesa dos direitos dos descendentes de italianos no Brasil. Renata Bueno foi eleita deputada federal em 2010, sendo a primeira mulher eleita pelo Partido Socialista Italiano (PSI) fora da Itália. Sua atuação política tem sido focada em temas relacionados à cidadania italiana, imigração, e fortalecimento dos laços entre Brasil e Itália. Ela é presidente da Associação pela Cidadania Italiana no Brasil e tem trabalhado para facilitar o processo de reconhecimento da cidadania italiana para descendentes de italianos no país. Além de parlamentar, Renata é advogada e empresária, com o Instituto Cidadania Italiana e Mozzarellart.

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