Menu
Mundo

Zelensky reforça temor da CIA sobre ameaça nuclear russa

No dia 24 de fevereiro, após lançar a invasão da Ucrânia, o Kremlin assinalou que tinha colocado suas forças nucleares de prontidão

Redação Jornal de Brasília

15/04/2022 17h02

Stringer / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse nesta sexta-feira (15) que “todo o mundo” deveria estar “preocupado” com o risco de Vladimir Putin usar armas nucleares tácticas por desespero, diante das expressivas perdas militares russas na Ucrânia, como comentou o diretor da CIA.

O titular da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, William Burns, disse na quinta-feira que “não se deve tratar com desdém a ameaça que representa o uso potencial de armas nucleares tácticas” ou “de baixa potência” por parte do presidente russo, caso ele esteja desesperado.

Quando a emissora CNN lhe preguntou se tinha essa mesma preocupação, Zelensky respondeu: “Não apenas eu, acredito que todo o mundo, todos os países devem estar preocupados”, e acrescentou que não são apenas os armamentos atômicos que causam preocupação, mas também os “químicos”.

“Eles podem usá-los”, “para eles, a vida das pessoas não vale nada”, insistiu o líder ucraniano na entrevista, que será exibida no domingo, mas que teve um trecho divulgado hoje pela emissora de notícias americana.

“Não nos preocupemos, estejamos preparados”, acrescentou Zelensky. “Esta não é uma questão só para a Ucrânia”, mas que envolve “todo o mundo”, frisou.

No dia 24 de fevereiro, após lançar a invasão da Ucrânia, o Kremlin assinalou que tinha colocado suas forças nucleares de prontidão.

“Na realidade, não vimos nenhum sinal concreto, como movimentações ou medidas militares que possam agravar as nossas preocupações”, comentou na quinta-feira o responsável da CIA.

A Rússia dispõe de muitas armas nucleares tácticas, que são menos potentes que a bomba de Hiroshima, com base em sua doutrina de “escalada-desescalada”, que consistiria em utilizar primeiro uma arma nuclear de baixa potência para recuperar a vantagem em caso de conflito convencional com os países ocidentais.

Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado