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Veja os principais pontos da declaração conjunta do G7

A reunião do grupo das sete maiores economias do mundo já havia aprovado um acordo em que se comprometia com cerca de US$ 50 bi para Kiev

Redação Jornal de Brasília

14/06/2024 20h36

Presidente da Argentina Javier Milei, Presidente do Quénia William Ruto, Presidente dos EUA Joe Biden, Presidente da Mauritânia Mohamed Ould Ghazouani, Presidente turco Recep Tayyip Erdogan e Papa Francisco (6º-L) e (Primeira fila lado direito – de L) O primeiro-ministro da Itália, Giorgia Meloni, o rei Abdullah da Jordânia, o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, o presidente dos Emirados Árabes Unidos, o presidente Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterr (segunda fila) , Presidente do Conselho Europeu Charles Michel (3º-L), Primeiro-ministro britânico Rishi Sunak (4º-L), Primeiro-ministro japonês Fumio Kishida (5º-L), Primeiro-ministro da Índia Narendra Modi (6º-L), Chanceler alemão Olaf Scholz (7º-L) e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau (8º-L), posam para uma foto de família com chefes de estado do G7 e chefes de delegação de países de divulgação no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 organizada pela Itália, em Savelletri, em 14 de junho de 2024. (Photo by Ludovic MARIN / AFP)

BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS)

O G7 divulgou a declaração final da cúpula dos líderes nesta sexta-feira (14) com um apelo para que a China se esforce mais na promoção da paz internacional e preocupação pela ajuda do país asiático à Rússia na Guerra da Ucrânia.

A reunião do grupo das sete maiores economias do mundo já havia aprovado um acordo em que se comprometia com cerca de US$ 50 bilhões para Kiev, viabilizados por meio dos lucros de ativos russos congelados em instituições financeiras ocidentais.

O encontro ocorrido em Borgo Egnazia, na Puglia, na Itália, teve em pauta ainda a guerra na Faixa de Gaza, a transição energética e os usos e regulações da inteligência artificial.

Depois de intenso debate nos bastidores, a versão final do documento excluiu qualquer menção a aborto.

O tema havia sido inserido na declaração do G7 anterior, em Hiroshima, no Japão. A mudança teria sido feita após atuação dos diplomatas do governo italiano. No lugar, uma menção a “direitos sexuais e reprodutivos”.

“Reiteramos os nossos compromissos no comunicado dos líderes de Hiroshima relativamente ao acesso universal a serviços de saúde adequados, acessíveis e de qualidade para as mulheres, incluindo saúde e direitos sexuais e reprodutivos abrangentes para todos”, diz o texto.

Veja abaixo os principais pontos da declaração final dos líderes do G7.

Apoio à Ucrânia
O G7 reafirma o apoio contínuo à Ucrânia, comprometendo-se a fornecer aproximadamente US$ 50 bilhões (R$ 268 bilhões) como auxílio ao país invadido pela Rússia, utilizando receitas dos ativos russos congelados em instituições ocidentais, principalmente europeias, em razão da invasão promovida por Vladimir Putin.
O grupo diz ainda que está aumentando os esforços coletivos para desarmar e drenar recursos do complexo industrial militar russo.

Cessar-fogo em Gaza
O grupo apoia o acordo de cessar-fogo imediato que está em discussão atualmente para o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza e que prevê ainda a libertação de todos os reféns e um aumento significativo da assistência humanitária no território palestino. O G7 também apoia um caminho para a paz que resulte em uma solução de dois Estados em meio ao conflito israelo-palestino.

Parceria com a África
Os líderes do grupo se comprometem a apoiar o desenvolvimento sustentável e o crescimento industrial na África, investindo em infraestrutura e lançando a iniciativa “Energia para o Crescimento na África” em parceria com países africanos.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
O G7 enfatiza a importância de investimentos para alcançar os ODS, comprometendo-se a tornar os bancos multilaterais de desenvolvimento mais eficazes e a aumentar os empréstimos do Banco Mundial em US$ 70 bilhões nos próximos dez anos.

Segurança Alimentar e Resiliência Climática
Os líderes lançam iniciativa para reforçar a segurança alimentar global e aumentar a resiliência climática, abordando a crise do clima, a poluição e a perda de biodiversidade no planeta.

Igualdade de Gênero
O G7 reafirma também seu compromisso com a igualdade de gênero, comprometendo-se a desbloquear pelo menos US$ 20 bilhões em investimentos nos próximos três anos para promover o empoderamento de mulheres em parceria com instituições financeiras internacionais.

Inteligência Artificial
Os líderes presentes concordam em aprofundar a cooperação para gerenciar os riscos e benefícios da IA. A ideia é lançar um plano de ação para o uso da tecnologia no trabalho e participar do apoio para implementação do Código de Conduta Internacional para Organizações que Desenvolvem Sistemas Avançados de IA.

Crescimento Econômico Global
O G7 fala em fomentar o crescimento econômico global inclusivo, manter a estabilidade financeira, investir em transições digitais e de energia limpa, além de fortalecer o sistema de comércio multilateral global baseado em regras e implementar um sistema tributário internacional mais justo.
No texto, os líderes comprometem-se ainda a promover a resiliência econômica, enfrentar políticas e práticas de mercado que minam a competitividade e a segurança econômica, e melhorar a coordenação para resolver desafios de excesso de oferta global.

Migração
O G7 enfatiza a necessidade de abordar as causas da migração irregular, melhorar a gestão de fronteiras e prevenir o tráfico de migrantes, lançando a Coalizão G7 para prevenir e combater o contrabando de migrantes e promovendo vias seguras e regulares para a migração.

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