Menu
Mundo

URGENTE: Rússia quer “apagar” a Ucrânia e sua história, afirma Zelensky

“Eles têm a ordem de apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós”, afirmou em um vídeo oficial

Redação Jornal de Brasília

02/03/2022 5h46

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, acusou nesta quarta-feira (2) Moscou de querer “apagar” seu país e sua história, após a invasão ordenada pelo presidente russo Vladimir Putin na semana passada.

“Eles têm a ordem de apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós”, afirmou em um vídeo, no qual pediu aos países que não permaneçam neutros no conflito.

“Hoje os ucranianos são um símbolo de invencibilidade. Um símbolo de que as pessoas em qualquer país podem se tornar as melhores pessoas do mundo a qualquer momento. Glória à Ucrânia!”

Judeus

Zelensky pediu também aos judeus de todo o mundo que “não permaneçam em silêncio” após o ataque da véspera contra a torre de televisão de Kiev construída no local de um massacre do Holocausto.

“Estou falando agora aos judeus do mundo inteiro. Não veem o que está acontecendo? É por isto que é muito importante que os judeus do mundo inteiro não permaneçam em silêncio agora”, afirmou Zelensky.

O presidente ucraniano reclamou que, durante a era soviética, as autoridades construíram a torre de televisão e um complexo esportivo em um “local especial da Europa, um lugar de oração e memória”.

Na ravina de Babi Yar foram massacrados 30.000 judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

“O nazismo nasce do silêncio. Então saiam e gritem sobre os assassinatos de civis. Gritem sobre os assassinatos de ucranianos”, afirmou Zelensky.

Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou nesta terça-feira o presidente russo, Vladimir Putin, de “ditador” que enfrenta um isolamento econômico e diplomático por ter invadido a Ucrânia, e alertou que o mundo enfrenta uma “batalha” entre a democracia e a autocracia.

Em seu primeiro discurso sobre o Estado da União ao Congresso, Biden elogiou o “muro de força” ucraniano que se manteve erguido contra os invasores russos, mas deixou claro que não haverá tropas americanas em campo na guerra iniciada na última quinta-feira.

“Permitam-me ser claro: nossas forças não estão envolvidas e não participarão do conflito com as forças russas na Ucrânia”, afirmou o presidente democrata, que criticou duramente Putin.

“Um ditador russo que invade um país estrangeiro tem custos em todo o mundo”, declarou. “Na batalha entre democracia e autocracia, as democracias estão à altura das circunstâncias e o mundo está claramente escolhendo o lado da paz e da segurança.”

Os países ocidentais lançaram uma resposta econômica feroz à Rússia, com uma onda de sanções que ameaçam deixar de joelhos a economia daquele país. Mirando nos oligarcas russos e “líderes corruptos” que, segundo Biden, defraudaram bilhões de dólares no regime de Putin, o presidente americano disse que o Ocidente “irá se apoderar de seus iates, apartamentos de luxo e aviões privados.

“Iremos atrás dos seus ganhos ilícitos”, ameaçou Biden, sob aplausos. O presidente também anunciou a proibição do uso do espaço aéreo americano por aviões russos, uma sanção importante, que já havia sido decidida pela União Europeia e pelo Canadá.

Segundo Biden, Putin subestimou a resposta poderosa que sua invasão à Ucrânia provocaria nas nações ocidentais, que impuseram sanções pesadas para infligir “dor” à economia russa.

“A guerra de Putin foi premeditada”, afirmou o democrata. “Ele rejeitou as tentativas de diplomacia. Achou que o Ocidente e a Otan não responderiam. E achou que poderia nos dividir aqui em casa. Mas Putin estava errado. Estávamos prontos,”

Biden elogiou especialmente os ucranianos que enfrentaram os russos apesar da ofensiva militar avassaladora. Putin “achou que poderia entrar na Ucrânia e o mundo cairia. Em vez disso, ele se deparou com um muro de força que nunca antecipou ou imaginou”, disse Biden. “Conheceu o povo ucraniano.”

Em um momento de união bipartidária, os congressistas americanos aplaudiram de pé a Ucrânia, dirigindo-se à embaixadora daquele país em Washington, Oksana Markarova, que estava sentada ao lado da primeira-dama, Jill Biden.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado