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URGENTE: Forças russas entram na região de Kiev, afirmam guardas de fronteira

Um correspondente da AFP no norte da capital ucraniana observou helicópteros não identificados nas proximidades de Kiev

Redação Jornal de Brasília

24/02/2022 9h30

Veículos militares ucranianos passam pela Praça da Independência no centro de Kiev em 24 de fevereiro de 2022. Foto: Daniel Leal/AFP

As forças russas entraram na região do norte de Kiev a partir de Belarus para executar um ataque com mísseis Grad contra alvos militares, afirmaram os guardas de fronteira ucranianos nesta quinta-feira.

Um correspondente da AFP no norte da capital ucraniana observou helicópteros não identificados nas proximidades de Kiev.

A Ucrânia está sendo atingida por uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo do presidente Volodmir Zelenski. Uma série de explosões foi ouvida em Kiev às 12h desta quinta-feira (7h pelo horário de Brasília). Um dirigente do Ministério do Interior da Ucrânia disse que centros de comando em diversas cidades, inclusive Kiev, foram alvos de ataques por mísseis.

De acordo com dirigentes do governo da Ucrânia, a primeira onda de bombas começou pouco depois do anúncio feito pelo presidente Vladimir Putin de que seria iniciada uma operação militar (ainda de madrugada pelo horário de Brasília). Pelo menos 18 pessoas teriam morrido na cidade de Odessa em um ataque, de acordo com as autoridades da região.

Um avião militar ucraniano caiu perto de Kiev, nesta quinta-feira (24), com 14 pessoas a bordo – anunciou o Serviço de Situações de Emergência.

A queda da aeronave se deu próximo à localidade de Trypillia, cerca de 50 quilômetros ao sul da capital ucraniana, conforme a mesma fonte.

A Ucrânia afirmou ainda que destruiu quatro tanques russos em um estrada ao leste de Kharkiv e matou 50 soldados próximo a uma cidade na região de Luhansk, além de ter abatido um sexto avião da Rússia.

O país liderado por Vladimir Putin negou que a aeronave ou veículos tenham sido destruídos. O serviço de fronteira da Ucrânia afirmou que três de seus funcionários foram mortos ao sul da região de Kherson e muitos ficaram feridos.

Convocação em Kiev

O ministro da Defesa ucraniano Oleksii Reznikov afirmou nesta quinta-feira que quem estiver preparado e apto para “segurar uma arma” pode se juntar às forças de defesa territorial. Além disso, a polícia disse que vai distribuir armas para veteranos.

A invasão ocorre algumas horas depois de a Rússia afirmar ter recebido um pedido de ajuda dos separatistas pró-Rússia para, segundo eles, combater o Exército ucraniano e “repelir a agressão das forças armadas e formações da Ucrânia”, embora autoridades em Kiev digam que não houve tal agressão – e que nenhuma está planejada. (Com agências internacionais).

Guerra

O Kremlin declarou nesta quinta-feira (24) que a operação militar contra a Ucrânia durará o tempo que for necessário, dependendo de seus “resultados” e de sua “relevância”, estimando que os russos apoiarão tal ofensiva.

O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, também disse a repórteres que Moscou pretende impor um “status neutro” à Ucrânia, sua desmilitarização e a eliminação dos “nazistas” que, segundo ele, estão no país.

“A duração (da operação) será determinada por seus resultados e sua relevância. Isso será determinado pelo comandante-em-chefe”, disse o porta-voz, referindo-se ao presidente Vladimir Putin.

“Idealmente, a Ucrânia precisa ser libertada e limpa dos nazistas”, declarou a repórteres, acrescentando que seu país não está tentando organizar uma “ocupação”.

Moscou acusa as autoridades pró-ocidente na Ucrânia de organizar um “genocídio” da população de língua russa no leste do país, com a ajuda de militares próximos da extrema-direita.

Peskov explicou que a decisão de atacar a Ucrânia foi motivada “por uma preocupação” com o futuro da Rússia, que durante semanas pediu aos ocidentais que vetassem a entrada deste país na Otan.

O porta-voz também indicou que o Kremlin havia “antecipado” que os mercados russos teriam uma “reação emocional” à ofensiva contra a Ucrânia.

“Para que esse período emocional seja o mais temporário possível, todas as medidas necessárias foram tomadas”, disse ele em um momento em que o mercado de ações russo e o rublo estavam em colapso, diante da incerteza e da ameaça de duras sanções contra Rússia.

© Agence France-Presse

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