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Mundo

Unicef condena ‘violência sexual’ em 7 de outubro

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou na terça-feira que as reféns israelenses liberadas desde então reportaram “casos de abusos sexuais e de estupros brutais”

Redação Jornal de Brasília

06/12/2023 12h42

Moradores do Hamad Town, um complexo residencial financiado em 2017 pelo Qatar em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, reunidos na rua prestes a deixar suas casas após ordens do Exército de Israel – Mahmud Hams/AFP

A diretora do Unicef condenou nesta quarta-feira(6) a “violência sexual” cometida contra mulheres israelenses em 7 de outubro, em declarações que Israel considerou tardias e insuficientes, já que, segundo o governo, não menciona os autores: os combatentes do Hamas.

A polêmica sobre as acusações de estupro e violência sexual contra mulheres, jovens e meninas ganhou força nos últimos dias. O presidente americano, Joe Biden, instou na terça-feira a “condenar veementemente” a violência sexual cometida pelo Hamas em 7 de outubro.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou na terça-feira que as reféns israelenses liberadas desde então reportaram “casos de abusos sexuais e de estupros brutais”.

“Os relatos de violência sexual em 7 de outubro em Israel são horríveis”, escreveu na terça-feira na rede social X a diretora do Unicef, Catherine Russelll.

“As sobreviventes devem ser ouvidas, apoiadas e atendidas. As denúncias devem ser investigadas a fundo. Condenamos a violência de gênero e todas as formas de violência contra mulheres e meninas”, afirmou.

O porta-voz da chancelaria israelense, Lior Haiat, lamentou que o “Unicef tenha tardado quase dois meses para falar sobre as vítimas israelenses” e que Russell não tenha mencionado o Hamas em sua mensagem.

“É outra maneira de fechar os olhos ante as atrocidades cometidas pelo Hamas(…). Ao não mencionar o Hamas, legitima suas atividades”, indicou a AFP.

O ataque do movimento islamista palestino em 7 de outubro foi o pior na história de Israel, com cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. Outras 240 pessoas foram sequestradas pelos combatentes islamistas e 138 continuariam retidas em Gaza.

Em represália, o Exército israelense bombardeia sem descanso a Faixa de Gaza, deixando até agora 16.248 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

© Agence France-Presse

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