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Ucrânia afirma ter recapturado 37 km2 de território, mas que batalha é ‘complicada’

Os russos estão “tentando avançar em direção a Lyman”, uma cidade na região de Donetsk tomada pelo exército ucraniano no final do ano passado, de acordo com Maliar

Redação Jornal de Brasília

03/07/2023 8h48

Poucas semanas após o início da tão esperada contraofensiva da Ucrânia contra a Rússia, uma autoridade ucraniana disse nesta segunda-feira, 3, que combates ferozes estavam ocorrendo em várias frentes, enquanto relatou ganhos territoriais no leste e no sul.

Segundo anunciou nesta segunda-feira a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar, o exército ucraniano recapturou 37 km2 de território no leste e no sul do país em uma semana, como parte de sua contraofensiva contra as forças russas.

No sul, “o território liberado aumentou em 28,4 km2”, elevando a área total recapturada nessa região desde o lançamento da contraofensiva no início de junho para 158 km2, disse Maliar. No leste, Kiev reconquistou 9 km2, acrescentou.

“O inimigo está resistindo muito, uma luta muito dura está sendo travada”, disse Maliar, acrescentando que as tropas russas lançaram uma ofensiva no último fim de semana perto de Svatove, na região oriental de Lugansk.

Os russos estão “tentando avançar em direção a Lyman”, uma cidade na região de Donetsk tomada pelo exército ucraniano no final do ano passado, de acordo com Maliar.

No fim de semana, Maliar chamou a situação no campo de batalha de “bastante complicada” e “quente em todos os lugares”. A representante acrescentou que as “ações ofensivas” continuam em atuação no sul do País.

A contraofensiva, que começou no mês passado, tem sido lenta e exaustiva. As forças ucranianas têm enfrentado defesas russas rígidas, um número crescente de baixas e campos cheios de minas terrestres. As forças de Kiev obtiveram, em sua maioria, pequenos ganhos, rompendo uma primeira linha de defesas russas e recuperando várias aldeias agrícolas na região leste de Donetsk e na região sul de Zaporizhzhia.

Na frente diplomática, nesta semana, a Suécia está intensificando os esforços para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), um movimento desencadeado pela invasão da Ucrânia pela Rússia. O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, se reunirá na quarta-feira com o presidente Biden na Casa Branca, onde discutirão a proposta da Suécia de ingressar na Otan e “seu compromisso compartilhado de apoiar a Ucrânia”.

Além da reunião em Washington, o trabalho na campanha da Suécia para ingressar na Otan continuará em Bruxelas depois que o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, agendou uma reunião na quinta-feira com altos funcionários da Turquia, Suécia e Finlândia, segundo a Associated Press. As objeções da Turquia e da Hungria atrasaram a candidatura da Suécia.

A Otan realizará uma cúpula de membros na próxima semana na Lituânia, que contará com a presença do presidente Biden. Ele também deve visitar a Grã-Bretanha e a Finlândia na próxima semana.

Suposto ataque na Crimeia

Os serviços de segurança russos (FSB) afirmaram nesta segunda-feira ter frustrado uma tentativa de assassinato contra o líder instalado por Moscou na Crimeia, a península ucraniana anexada em 2014, acusando Kiev de tentar colocar uma bomba em seu veículo.

“Uma tentativa de assassinato contra o líder da Crimeia, Sergey Aksyonov, organizada pelos serviços especiais ucranianos, foi frustrada”, disse o FSB, citado por agências de notícias russas

Um cidadão russo nascido em 1988 foi preso, acusado de ter sido “recrutado por oficiais da SBU”, os serviços secretos ucranianos, acrescentou o FSB, segundo o qual o homem “passou por treinamento de inteligência subversiva na Ucrânia, inclusive em explosivos”.

O acusado “não teve tempo de executar sua intenção criminosa, porque foi detido no momento em que estava pegando um dispositivo explosivo em um esconderijo”, disse o FSB.

Desde o início da ofensiva de Moscou em fevereiro de 2022, houve vários ataques que mataram ou feriram oficiais da ocupação russa na Ucrânia. A Rússia culpou a Ucrânia por eles.

A Crimeia foi anexada em março de 2014 pela Rússia, após uma intervenção de suas forças especiais e um “referendo” de incorporação denunciado pela Ucrânia e pelas potências ocidentais. A península serve como base logística para as forças russas que lutam no sul da Ucrânia, onde as tropas russas estão realizando uma ofensiva há várias semanas.

Estadão Conteúdo

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