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Uber reconhece sindicato de motoristas pela primeira vez no Reino Unido

Agora, cerca de 70 mil motoristas da região podem escolher se querem negociar condições trabalhistas como uma unidade, além de estarem aptos a representar outros trabalhadores, como parceiros que perderam acesso ao app

Redação Jornal de Brasília

27/05/2021 13h46

Foto: Tyrone Siu/Reuters

O Uber reconheceu nesta quarta-feira, 26, o primeiro sindicato de motoristas de sua história no Reino Unido, onde os parceiros poderão negociar coletivamente direitos como auxílio doença, remunerações e pensões trabalhistas. Em março, o Uber já tinha reclassificado seus motoristas no Reino Unidos como empregados, com direito a uma base salarial, férias remuneradas e outros direitos.

Agora, cerca de 70 mil motoristas da região podem escolher se querem negociar condições trabalhistas como uma unidade, além de estarem aptos a representar outros trabalhadores, como parceiros que perderam acesso ao app. A legalidade do sindicato foi atestada pelo GMB Union, sindicato geral dos trabalhadores do Reino Unido.

“Embora o Uber e o GMB possam não parecer aliados óbvios, sempre concordamos que os motoristas devem vir em primeiro lugar e hoje fechamos este importante acordo para melhorar a proteção dos trabalhadores”, Jamie Heywood, gerente geral regional do Uber para o norte e o leste da Europa , disse em um comunicado ao site Business Insider.

A medida, porém, ainda não se estende aos quase 30 mil entregadores do UberEats na região. Apesar disso, o movimento é uma vitória dos trabalhadores da chamada Gig Economy, a economia dos trabalhadores autônomos como entregadores e motoristas. É a primeira vez que colaboradores da classe são reconhecidos como empregados e ganham o direito de se sindicalizar.

“Este acordo mostra que as empresas da gig economy não precisam estar em um oeste selvagem na fronteira selvagem dos direitos trabalhistas. Quando as empresas privadas de tecnologia e os sindicatos trabalham juntos dessa forma, todos se beneficiam —trazendo de volta empregos dignos e seguros para o mundo do trabalho”, afirmou Mick Rix, do escritório nacional do GMB ao Business Insider.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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