Em meio à contagem de votos das eleições nos Estados Unidos, o atual presidente Donald Trump foi ao Twitter na manhã desta quinta-feira (5) e disse, em caixa alta: “Stop the count” (em português, “parem a contagem”).
Trump não disse mais nada. Caso tenha sido uma espécie de ordem, o atual presidente não tem autorização para fazer este pedido.
STOP THE COUNT!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 5, 2020
O atual presidente é candidato à reeleição. No entanto, Trump está vendo o concorrente Joe Biden passar à frente. Biden lidera a disputa com 264 delegados, contra 214 de Trump (dados da Associated Press até 7h30 de quinta-feira). O democrata precisa de mais seis delegados para chegar a 270 e vencer a disputa.
Reações ao redor do mundo
Diversos governos ao redor do mundo começaram a reagir às eleições presidenciais nos Estados Unidos, onde o democrata Joe Biden se aproxima de uma vitória classificada como fraude pelo atual presidente e candidato republicano Donald Trump.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi direto e disse, abertamente na quarta-feira, esperar que Trump vença. “Vocês conhecem a minha posição, é clara (…) tenho uma boa política com Trump, espero que ele seja reeleito, espero”, disse o presidente de extrema direita fora de sua residência oficial, em Brasília, em conversa com seus seguidores.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, pediu às autoridades americanas que “confiem” no “processo eleitoral” em andamento. Maas, cujo país preside a União Europeia (UE) neste semestre, insistiu na necessidade de “mostrar paciência e esperar” o fim da apuração.
O supremo guia iraniano zombou, nesta quinta-feira (5), do “espetáculo” oferecido pela eleição presidencial dos Estados Unidos. “É uma situação digna de se ver! Ele diz que são as eleições mais fraudulentas da história dos #EUA. Quem? O próprio presidente que está no comando agora!”, disse o aiatolá Ali Khamenei em mensagem publicada em vários idiomas, incluindo espanhol, em sua conta no Twitter nesta madrugada.
A Grã-Bretanha insistiu, na quarta-feira, que seu relacionamento próximo com os Estados Unidos está garantido, não importa quem vença a eleição, mas destacou sua divergência com o governo Trump em relação à mudança climática. “Os Estados Unidos são um aliado próximo e estamos convencidos de que nosso relacionamento será fortalecido independentemente do vencedor”, disse um porta-voz do governo.
Com informações da AFP