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Trump critica Biden e diz que ataques no Afeganistão não deveriam ter sido permitidos

Trata-se da primeira morte registrada de um oficial americano no Afeganistão desde fevereiro de 2020, quando dois militares foram mortos

Redação Jornal de Brasília

26/08/2021 20h48

Foto: Reprodução

FolhaPress

O ex-presidente americano Donald Trump classificou os ataques terroristas em Cabul, nesta quinta (26), como uma tragédia e criticou o governo de Joe Biden por não ter impedido as explosões suicidas. Até o momento, o Pentágono confirmou a morte de 13 militares americanos – outros 14 ficaram feridos. Trata-se da primeira morte registrada de um oficial americano no Afeganistão desde fevereiro de 2020, quando dois militares foram mortos após um homem com uniforme do Exército afegão abrir fogo. Também morreram nos ataques ao menos 60 afegãos, e a contagem de feridos passa de 140.

“Melania [esposa de Trump] e eu enviamos nossas mais profundas condolências às famílias de nossos brilhantes e corajosos membros do serviço militar, cujo compromisso com os EUA significava muito. Nossos pensamentos também estão com as famílias dos civis inocentes que morreram no selvagem ataque a Cabul”, afirmou o ex-presidente americano em um comunicado.

Os atentados nos arredores do aeroporto de Cabul foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico Khorasan, braço afegão da facção terrorista. “Essa tragédia nunca deveria ter sido permitida, o que torna nossa dor ainda mais profunda e difícil de entender”, completou o republicano.

No último dia 15, quando o Talibã tomou Cabul, Trump chegou a pedir a renúncia de Biden, mencionando também o aumento no número de casos de Covid-19 no país. “É hora do desacreditado Joe Biden renunciar por permitir o que aconteceu no Afeganistão, mas também pelo aumento vertiginoso da Covid, o desastre na fronteira, a supressão de nossa independência energética e a paralisia de nossa economia.”

No mesmo dia, o ex-presidente também disse que a saída dos militares americanos do Afeganistão, organizada por Biden, seria “uma das maiores derrotas da história americana”. Apesar das declarações, foi Trump quem ordenou o fim da intervenção americana no país asiático, autorizando, inclusive, negociações entre o governo americano e o Talibã, em fevereiro do ano passado.

Na época, o acordo previa que o grupo fundamentalista islâmico se comprometesse a não fazer ataques, a não apoiar grupos terroristas e a negociar com o governo afegão. Em troca, todas as tropas dos EUA e da coalizão da Otan, a aliança militar ocidental, deixariam o país até abril de 2021.

Ainda em fevereiro do ano passado, Trump também afirmou acreditar que o acordo de paz teria sucesso, mas alertou que os militares dos EUA poderiam voltar ao Afeganistão, de forma muito rápida e com mais intensidade do que nunca, caso os termos fossem desrespeitados.

Como os acontecimentos recentes mostram, o acordo não foi cumprido, mas Biden negou a possibilidade de adiar a retirada de tropas americanas do país asiático. Além disso, o Talibã afirmou, recentemente, que não permitirá a extensão do prazo para a retirada de forças ocidentais do Afeganistão, marcada para o próximo dia 31. “É uma linha vermelha”, disse o porta-voz Suhail Shaheen.

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