Menu
Mundo

Rússia será excluída dos índices de ações de mercados emergentes da MSCI

A empresa provedora de índices globais de ações MSCI anunciou na quarta-feira (2) que o mercado russo deixará de fazer parte dos índices de referência dedicados aos mercados emergentes da empresa. O país passará a ser classificado como um mercado independente pela MSCI a partir do próximo dia 9 de março, como resposta aos ataques contra a Ucrânia.

FolhaPress

03/03/2022 15h19

A empresa provedora de índices globais de ações MSCI anunciou na quarta-feira (2) que o mercado russo deixará de fazer parte dos índices de referência dedicados aos mercados emergentes da empresa. O país passará a ser classificado como um mercado independente pela MSCI a partir do próximo dia 9 de março, como resposta aos ataques contra a Ucrânia.

Os analistas do Itaú BBA projetam que a decisão pode resultar em um fluxo de aproximadamente R$ 7 bilhões de recursos de estrangeiros destinados ao Brasil.

“Em 28 de fevereiro, a MSCI fez uma consulta com investidores institucionais internacionais sobre a acessibilidade e a facilidade para investir no mercado de ações da Rússia. Durante a consulta, recebemos respostas de um grande número de participantes do mercado, incluindo gestoras de recursos, agentes financeiros e corretoras, que majoritariamente confirmaram o difícil acesso ao mercado de ações russo neste momento e que a Rússia deveria ser excluída dos índices de mercados emergentes”, diz a empresa de índices, em nota.

Os analistas do Itaú BBA calculam que, considerando o fechamento de quarta dos mercados globais, a Rússia representava algo como 1,47% do índice de mercados emergentes. O Brasil tem um peso de aproximadamente 4,97% no índice.

A exclusão do percentual dedicado à Rússia deverá resultar em um fluxo de saída de recursos de cerca de US$ 5,9 bilhões (R$ 29,8 bilhões) do mercado russo, considerando os investimentos passivos que seguem a distribuição regional apontada pelos benchmarks da MSCI, projetam os analistas do banco.

Eles estimam ainda que, considerado o peso atual próximo de 9,33% da América Latina no índice de ações de mercados emergentes, a região pode receber fluxos positivos de capital da ordem de US$ 2,12 bilhões (R$ 10,7 bilhões), dos quais cerca de US$ 1,34 bilhão (R$ 6,7 bilhões) sendo direcionados potencialmente ao Brasil.

“Acreditamos que, no atual cenário geopolítico, a atenção dos investidores pode migrar para a região da América Latina, que não apenas oferece valuations baratos como tem sido negociada abaixo da média histórica já há algum tempo”, apontam os analistas do Itaú BBA.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado