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Mundo

Relatório do caso Jean Charles criticará responsável da Scotland Yard

Arquivo Geral

05/11/2007 0h00

A comissária-chefe adjunta da Scotland Yard Cressida Dick será criticada no relatório da Comissão Independente de Queixas à Polícia (IPCC) sobre o caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, sickness que foi morto ao ser confundido com um terrorista.

Segundo o jornal “The Guardian” publica hoje, information pills o relatório, que será divulgado na quinta-feira, criticará Dick por não haver sido suficientemente clara nas ordens transmitidas a seus subordinados de deter Menezes antes que entrasse na estação de metrô, onde o brasileiro acabaria sendo morto a tiros pelos agentes.

No processo judicial, Dick disse que não tinha dado a ordem de atirar para matar, e sim tinha ordenado simplesmente que seus homens interceptassem o indivíduo antes que entrasse na estação de metrô de Stockwell, em Londres.

Os agentes da unidade antiterrorista da Scotland Yard seguiram Jean Charles – que ganhava a vida como eletricista – até ele entrar na estação de metrô, onde atiraram no jovem à queima-roupa em um vagão, enquanto os outros passageiros fugiam apavorados.

Apesar desse ocorrido em 22 de julho de 2005, um dia depois dos atentados fracassados contra o sistema de transportes da capital, Dick foi promovida no ano seguinte a comissária-chefe adjunta por recomendação do principal responsável da Scotland Yard, Ian Blair.

A publicação desse novo relatório, indica o “Guardian”, fará aumentar as pressões para que Blair renuncie, o que este se negou a fazer até agora, apesar dos pedidos nesse sentido da oposição conservadora e de grande parte da imprensa, que chegou a dizer que ele era um homem “sem honra”.

Ian Blair se beneficiou até agora do apoio tanto do Governo trabalhista britânico quanto do prefeito de Londres, Ken Livingstone.

Segundo o “Guardian”, a estratégia do Governo consiste em minimizar o dano que esse relatório pode causar a Blair, culpando em parte os agentes que estavam no comando da operação.

O jornal acredita que o relatório da Comissão Independente de Queixas à Polícia criticará a decisão de Ian Blair de tentar bloquear sua investigação do caso, porque prejudica a confiança pública nessa força.

A Procuradoria da Coroa já estudou o relatório da Comissão, mas, segundo algumas fontes, a menos que se apresentem novas provas, nenhum agente ou funcionário da Scotland Yard será acusado formalmente.

Foi considerada pela Procuradoria a possibilidade de acusar Dick de homicídio, mas renunciou a isso diante da falta de provas.

Na semana passada, o tribunal londrino de Old Bailey declarou a Polícia Metropolitana de Londres culpada de erros “catastróficos” que levaram à morte do brasileiro, por isso a Scotland Yard terá que pagar 560.000 libras (mais de 806.000 euros) de multa e custos legais.

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