Menu
Mundo

Província argentina denuncia pais que deixam de vacinar os filhos

Província intensifica medidas legais diante da queda nas taxas de imunização, com risco de multas, trabalho comunitário e até detenção para responsáveis que descumprirem a vacinação obrigatória

Redação Jornal de Brasília

12/12/2025 16h46

Foto: Reprodução/AFP

Foto: Reprodução/AFP

A província argentina de Mendoza denunciou à Justiça Civil 15 pessoas por não vacinarem seus filhos em meio ao ressurgimento de doenças consideradas superadas no país, informou o governo nesta sexta-feira (12).

Os intimados deveriam comparecer a uma audiência para receber informações sobre vacinação e terão 30 dias para aplicar as doses nos filhos, sob risco de trabalho comunitário, multas de até 230 dólares (cerca de 1.250 reais) ou detenção de até cinco dias, disse à AFP o ministro da Saúde provincial, Rodolfo Montero.

“Estamos apenas começando com isso”, afirmou.

Na Argentina, a vacinação é obrigatória por lei. Inclui doses gratuitas desde a gravidez até os 11 anos e reforços ao longo da vida.

A iniciativa de Mendoza ocorre em meio à queda na taxa de vacinação em nível nacional e ao aparecimento de casos de sarampo e coqueluche, doenças que se consideravam superadas.

Segundo dados oficiais, desde 2024 nenhuma das imunizações obrigatórias no âmbito nacional atingiu a meta recomendada de 95% e algumas caíram pela metade.

“Cumprir a vacinação não é um ato individual, é coletivo, funciona na medida em que todos tomamos atitude e quem não o faz coloca em risco toda a comunidade”, disse Montero, que prometeu mais ações civis.

Mendoza publicou em agosto uma resolução para suportar as punições a quem deixar de vacinar os filhos.

“E está dando resultados, dos primeiros denunciados, três já cumpriam a vacinação”, disse o ministro.

Mendoza é uma das províncias com maior taxa de vacinação, cerca de 85%.

“Estamos longe da meta de 95%, embora acima da média nacional, de 65%”, afirmou o ministro.

“Antes, quando se avisava aos pais que, em determinada semana, a equipe iria à escola para vacinar, muitos não enviavam os filhos. Então, para evitar o absenteísmo escolar, oferecesse a possibilidade de declaração em um formulário que não queria imunizá-los. Isso serviu para monitorar essas negativas à vacinação”, com base nas denúncias atuais, acrescentou.

Em 2025, a Argentina registrou cerca de 35 casos de sarampo e cerca de 700 de coqueluche, incluindo sete crianças mortas.

AFP

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado