Menu
Mundo

Portugal pode permanecer confinado até meados de março

Após um recorde de quase 16.500 novos casos diários alcançado em 28 de janeiro, nesta terça menos de 2.600 infecções foram registradas em 24h

Redação Jornal de Brasília

09/02/2021 14h44

Atualizada 10/02/2021 1h21

Portugal provavelmente ficará confinado até meados de março para reduzir a incidência do coronavírus e o número de pacientes em tratamento intensivo, declarou nesta terça-feira (9) a ministra da Saúde, Marta Temido.

Epidemiologistas disseram ao governo que seria necessário um confinamento de 60 dias, a partir de 15 de janeiro, para reduzir a incidência para 60 casos por 100.000 habitantes, em comparação com mais de 1.200 hoje, e o número de pacientes em terapia intensiva cair para cerca de 200, em comparação com mais de 860 nesta terça-feira.

“As medidas adotadas estão funcionando”, comemorou a ministra, ressaltando, porém, que Portugal continua a registrar “um nível de incidência extremamente elevado, apesar da tendência de redução”.

Após um recorde de quase 16.500 novos casos diários alcançado em 28 de janeiro, nesta terça-feira menos de 2.600 infecções foram registradas em 24 horas, segundo a Direção-Geral de Saúde.

A explosão de casos de coronavírus saturou hospitais, com um pico de cerca de 7.000 pacientes e uma taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva designados para covid-19 que chegou a 90%.

Com 203 mortes adicionais, o número total de óbitos desde o início da pandemia ultrapassou nesta terça 14.500, mais da metade desde o início do ano.

Portugal, o país do mundo mais atingido pela pandemia de covid-19 em janeiro em relação a sua população – de 10 milhões de habitantes -, está sujeito a um segundo confinamento geral desde 15 de janeiro, seguido, uma semana depois, pelo fechamento de escolas.

As restrições sanitárias em vigor estão entre as mais severas da Europa.

“Portugal é atualmente o país com menor mobilidade da União Europeia”, sublinhou o epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde (INSA).

Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado