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Paraguai investiga origem das 10 toneladas de cocaína apreendidas na Alemanha

“Como se trata de um processo em andamento, por protocolo, as autoridades preservam informações”, pontuou

Redação Jornal de Brasília

17/07/2023 16h56

Foto: Imagem ilustrativa

O Ministério Público do Paraguai está investigando a saída de um carregamento de 10 toneladas de cocaína que saiu de Assunção e foi apreendido no porto de Hamburgo, na Alemanha, há uma semana, informaram autoridades do governo nesta segunda-feira (17).

“Ainda não temos uma informação oficial sobre a carga, mas já revisamos as imagens dos scanners e encontramos uma que deveria ter sido reportada pelo pessoal e não foi feito”, afirmou o diretor da Alfândega, Julio Fernández.

A embaixadora do Paraguai na Alemanha, Patricia Frutos, disse que soube do caso através da imprensa e que seu governo aguarda detalhes sobre a operação.

“Como se trata de um processo em andamento, por protocolo, as autoridades preservam informações”, pontuou.

As dez toneladas de cocaína apreendidas saíram de Assunção em 15 de maio, misturadas com um carregamento de gergelim, disse Fernández.

A ministra da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Zully Rolón, reforçou que se as autoridades alemãs confirmarem que a droga tem origem no Paraguai, “seria uma pena (…), já que a Alfândega fez o esforço de adquirir scanners para evitar esse tipo de situações”, afirmou.

Já o criminalista Juan Martens destaca o histórico de apreensões envolvendo países da América do Sul.

“Estamos em uma área onde são recolhidas as mercadorias que vêm da zona andina: Bolívia, Peru, Colômbia, e aqui são embarcadas para a Europa. Somente nos últimos três anos, a Europol (Polícia Europeia) apreendeu cerca de 40.000 quilos de cocaína. Significa que muita mercadoria está sendo enviada”, contou à AFP.

O especialista enfatizou que o crime organizado se infiltra nas instituições federais em seu desejo de manter o controle sobre o poder político e os órgãos de segurança. “Então é uma combinação perfeita para controlar as instituições por meio de funcionários desonestos”, finalizou.

© Agence France-Presse

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