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Palestinos em Gaza agradecem a manifestantes de universidades dos EUA

“Obrigado, estudantes solidários a Gaza. A mensagem de vocês chegou. Obrigado aos alunos de Columbia”, diz uma das mensagens

Redação Jornal de Brasília

01/05/2024 16h19

Pessoas se manifestam no campus da Universidade de Columbia, ocupado por manifestantes pró-palestinos em Nova York, em 22 de abril de 2024. – O presidente dos EUA, Joe Biden, condenou qualquer anti-semitismo nos campi universitários em 21 de abril de 2024, enquanto manifestantes pró-palestinos em Columbia A universidade passou o quinto dia exigindo que a escola rompesse os laços financeiros com Israel, um importante aliado dos EUA. (Photo by Charly TRIBALLEAU / AFP)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Palestinos na Faixa de Gaza vêm manifestando agradecimento aos ativistas que fazem uma série de atos em universidades dos Estados Unidos contra a guerra em curso no Oriente Médio. Em Rafah, no extremo sul do território e onde mais da metade da população local está abrigada, mensagens de apoio aos estudantes americanos envolvidos nos protestos foram escritas em barracas.

“Obrigado, estudantes solidários a Gaza. A mensagem de vocês chegou. Obrigado aos alunos de Columbia”, diz uma das mensagens. Protestos na Universidade Columbia, em Nova York, ganharam projeção e ajudaram a espalhar o movimento pró-Palestina para outras instituições americanas.

Após vários dias de protesto, a polícia da cidade de Nova York voltou a entrar na Universidade Columbia na noite de terça-feira (30), em um novo esforço para dispersar os manifestantes acampados e que haviam invadido um dos prédios da instituição. Ao todo, aproximadamente 300 pessoas foram presas em Columbia e na City College of New York, segundo o prefeito da cidade, o democrata Eric Adams.

Ao jornal americano The New York Times, o palestino Mohammed al-Baradei, 24, que está em Rafah, disse que os protestos aumentam a conscientização para a causa palestina. Já a palestina Bisan Owda, 25, disse à publicação nunca ter sentido tanta esperança pelo fim da guerra como agora.

Pouco mais da metade dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza estão abrigados em Rafah, próximo da fronteira do Egito, após as forças de Israel esvaziarem as porções norte e central do território. Nos últimos meses, o governo do premiê Binyamin Netanyahu tem ameaçado invadir por terra a cidade para eliminar o que seriam os últimos redutos do Hamas –diversas organizações, entretanto, pedem para Tel Aviv abandonar o plano sob o argumento de que uma ação agravaria a crise humanitária local.

Enquanto os ataques aéreos continuam contra Gaza, palestinos esperam um possível acordo de cessar-fogo na mais recente rodada de negociação que acontece na cidade do Cairo, no Egito. Segundo o New York Times, Israel aceitou no começo da semana reduzir em sua proposta o número de reféns para o Hamas libertar numa primeira fase da trégua. Mas, por ora, não há garantia de que o acordo saia do papel.

Nos EUA, o Departamento de Polícia de Nova York e Adams disseram que “agitadores externos” estavam agravando os protestos e influenciando as ações dos estudantes. Em entrevista coletiva nesta quarta (1º), o prefeito defendeu as prisões das quase 300 pessoas, elogiou a polícia e acusou os envolvidos no protesto de antissemitismo. Ele ainda chamou os manifestantes de desprezíveis e disse que estrangeiros se infiltraram nos atos como parte de um suposto “esforço global para radicalizar jovens”.

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