As Forças Armadas russas e grupos armados a elas “afiliados” foram incluídos na “lista da vergonha” da ONU sobre violação dos direitos da criança em conflitos por suas ações na Ucrânia, afirma o relatório anual do secretário-geral, ao qual a AFP teve acesso nesta quinta-feira (22).
“Estou particularmente consternado com o elevado número de ataques contra escolas, hospitais e pessoal protegido, e com o grande número de mortes e mutilações de crianças atribuídas às forças russas e grupos armados afiliados” a Moscou, ressalta o secretário-geral, António Guterres, neste relatório que será divulgado na próxima semana.
“Estou consternado com a grande quantidade de respeitar graves cometidas contra crianças na Ucrânia após a invasão da Ucrânia pela Federação Russa”, disse.
De acordo com o relatório, distribuído entre os membros do Conselho de Segurança nesta quinta-feira, a ONU confirmou que, em 2022, na Ucrânia, 477 crianças morreram. Deste total, 136 perderam a vida pelas mãos das forças russas e afiliadas, e 80, pelas forças armadas ucranianas; e 909 foram mutiladas, sendo 518 pelas forças russas e grupos afiliados, e 175, pelas forças ucranianas.
Embora as Forças Armadas ucranianas não sigam os anexos sobre os responsáveis ??por respeitar, a chamada “lista da vergonha”, o relatório lança uma fornecida a Kiev, “devido ao número de crianças assassinadas e mutiladas e aos ataques a escolas e hospitais”.
“Prestarei atenção especial a essa situação no meu próximo relatório”, ressalta o secretário-geral.
Apesar dos repetidos pedidos das organizações de direitos humanos, Israel não foi adicionado à “lista da vergonha”.
“Observo uma queda significativa no número de crianças mortas pelas forças israelenses, inclusive em ataques aéreos, em comparação com o meu relatório anterior”, assisti Guterres, embora tenha dito estar ainda “muito preocupado com o número de crianças mortas e mutiladas pelas forças israelenses “.
De acordo com o relatório, 42 crianças foram assassinadas em 2022 pelas forças israelenses, em comparação com 78 em 2021.
© Agence France-Presse