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OMS vê sinais de estabilização na curva de casos de covid-19 em países na Europa

A OMS afirmou que o fato de que o quadro ainda é de restrição à circulação não impede os governos de já pensar nos passos seguintes

Redação Jornal de Brasília

13/04/2020 13h57

An employee of the municipal company Veritas sprays disinfectant in public areas in Venice on March 11, 2020, as part of precautionary measures against the spread of the new coronavirus COVID-19, a day after Italy imposed unprecedented national restrictions on its 60 million people Tuesday to control the deadly COVID-19 coronavirus. (Photo by MARCO SABADIN / AFP)

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 13, que há sinais de estabilização na curva de novos casos de coronavírus em vários países, no continente europeu. A entidade lembrou o fato de que algumas dessas nações retiraram pressão do sistema de saúde com restrições mais fortes à circulação de pessoas (“lockdowns”), o que ajudou esse controle.

A OMS afirmou que o fato de que o quadro ainda é de restrição à circulação não impede os governos de já pensar nos passos seguintes.

De qualquer modo, a OMS insiste que será preciso “mudar nossos comportamentos no futuro previsível”, para evitar mais mortes. Segundo a OMS, não é possível fazer a transição de uma vez de um quadro de restrição total de circulação para outro de total circulação das pessoas.

É importante inclusive que a retirada de medidas de restrição para as pessoas não seja feita de uma vez por todos os países, destacou a OMS.

De acordo com a entidade, conforme os países e regiões saem das situações de lockdown, pode haver novo salto nos novos casos da covid-19. “O único meio de sair dessa situação é achar o vírus, testar e isolar os doentes”, voltou a recomendar a entidade.

Uma alternativa à frente pode ser a retirada de restrições primeiro em áreas estratégicas, com menos casos. “As pessoas precisam entender que pode levar mais tempo para elas ficarem em casa, mas que isso é temporário”, afirmou o diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan.

Líder da resposta da OMS à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove disse que a entidade ainda precisa de muito mais dados para conhecer melhor a doença, por exemplo por quanto tempo uma pessoa infectada pode transmiti-la.

A OMS recomenda que pessoas expostas a contaminados pelo coronavírus façam quarentena durante 14 dias. Além disso, no caso de um indivíduo suspeito que eventualmente não possa fazer teste para confirmar a doença, ele deve ficar isolado durante a duração dos sintomas, mais outros 14 dias, diz a OMS.

Há ainda, segundo a entidade, a possibilidade de que alguns indivíduos possam transmitir o coronavírus por mais tempo, o que também precisará ser mais estudado, disseram os especialistas.

Estadão Conteúdo

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