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Mundo

OMS relata ‘forte aumento’ na mortalidade neonatal em Gaza

A OMS não consegue compilar estatísticas precisas devido à devastação no território palestino após seis meses de guerra

Redação Jornal de Brasília

02/04/2024 12h29

Foto: AFP

A mortalidade neonatal está em “forte aumento” em Gaza, onde os bebês nascem com baixo peso, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (2), com base em depoimentos de médicos no território palestino.

“Vários médicos, especialmente nas maternidades, relatam-nos um forte aumento no número de crianças que nascem com peso baixo e que simplesmente não sobreviveram ao período neonatal porque nasceram muito pequenos”, disse a porta-voz da OMS Margaret Harris, em coletiva de imprensa em Genebra.

No entanto, a OMS não consegue compilar estatísticas precisas devido à devastação no território palestino após seis meses de guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas.

Harris citou o caso do hospital pediátrico Kamal Adwan, “onde chegam pelo menos 15 crianças desnutridas por dia” e onde “as necessidades são cada vez mais urgentes”.

Também deu o exemplo de um centro de estabilização criado na semana passada, onde “os pacientes hospitalizados são geralmente crianças que sofrem de doenças e desnutrição”.

Sobre o hospital Al Shifa, que era o maior de todo o território e que estava imerso em uma intensa operação militar do Exército israelense desde meados de março, a porta-voz disse que “não tem mais condições de operar”.

Ao iniciar a operação em Al Shifa, Israel afirmou que este estabelecimento era um refúgio para “terroristas de alta escalada” do Hamas.

A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro, após um ataque de milicianos do Hamas em Israel que deixou 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses. Entre os mortos havia mais de 300 soldados.

Em retaliação, Israel lançou uma intervenção para “aniquilar” o Hamas, que já provocou 32.916 mortes, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde do movimento palestino.

© Agência France-Presse

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