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Mundo

OMS: apoio à quebra de patentes dá suporte significativo à equidade de vacinas

O líder da entidade multilateral ainda pediu que países com doses excedentes de vacinas compartilhem parte dos imunizantes

Redação Jornal de Brasília

07/05/2021 13h03

Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom disse que o apoio dos Estados Unidos à quebra de patentes de vacinas contra a covid-19 dá suporte “significativo” ao acesso equitativo dos imunizantes no mundo, hoje concentrados em países desenvolvidos, que têm vacinado suas populações mais rápido.

“Sei que esta não é uma decisão política fácil de tomar, portanto agradeço à liderança do país e exorto os outros países a seguirem o exemplo dos EUA”, afirmou Tedros, durante coletiva de imprensa da OMS nesta sexta-feira.

O líder da entidade multilateral ainda pediu que países com doses excedentes de vacinas compartilhem parte dos imunizantes, e reforçou a necessidade pela continuação das medidas sanitárias para mitigar o alastramento do coronavírus, uma vez que o volume de vacinas disponíveis no momento “não é suficiente para a pandemia de covid-19 acabar”, argumentou.

Queiroga se diz contra

Em depoimento à CPI da Covid na quinta (6), o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se postou contrário a quebra de patentes de vacinas. O ministro afirmou temer que a medida, defendida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, possa interferir de forma negativa no programa de vacinação do Brasil e nas relações exteriores. “O meu temor em relação a isso é de não termos condições, mesmo com a quebra da patente, de produzir essas vacinas aqui no Brasil.”

“Como nosso programa está calcado em vacinas como a Pfizer e Janssen, isso pode interferir negativamente no aporte de vacinas para o Programa Nacional de Imunização. Claro que isso é uma opinião inicial. Vi que o presidente Biden se manifestou. Isso carece de análise mais detida”, continuou.

Na prática, com a quebra, os donos de patentes ficam obrigados a cedes ao governo brasileiro todas as informações necessárias para a produção de vacinas e medicamentos de enfrentamento à covid-19, criando assim, imunizantes e remédios “genéricos”. Com Estadão Conteúdo

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