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Negociação de trégua de três dias em Gaza em troca de 12 reféns, diz fonte próxima ao Hamas

As discussões tropeçam, no momento, na “duração” da trégua e na inclusão do “norte da Faixa de Gaza, palco das principais operações de combate”

Redação Jornal de Brasília

08/11/2023 15h30

Foto: Bashar TALEB / AFP

O Catar está mediando negociações para obter a libertação de 12 reféns, seis deles dos Estados Unidos, capturados pelo Hamas em Israel, em troca de “uma trégua humanitária de três dias”, disse à AFP uma fonte próxima ao movimento islamita no poder em Gaza.

“As negociações giram em torno da libertação de 12 reféns, metade deles americanos, em troca de uma trégua de três dias que permita ao Hamas libertar esses reféns”, declarou a mesma fonte sob condição de anonimato.

Em Doha, uma fonte próxima das discussões disse, anteriormente, também sob condição de anonimato, que o Catar está fazendo essa mediação “em coordenação com os Estados Unidos (…) para obter a libertação de entre 10 e 15 reféns em troca de um cessar-fogo de dois dias”.

Segundo a fonte do Hamas, as discussões tropeçam, no momento, na “duração” da trégua e na inclusão do “norte da Faixa de Gaza, palco das principais operações de combate”. “O Catar aguarda uma resposta dos israelenses”, acrescentou.

Este Estado já participou da mediação que levou à libertação de quatro reféns em outubro.

A trégua também permitiria ao Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, “fornecer mais ajuda humanitária” ao território palestino pela passagem de Rafah, disse a mesma fonte. “Não comento nenhuma negociação”, disse à AFP o porta-voz do governo israelense Eylon Levy.

Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque sangrento em solo israelense, durante o qual sequestrou 240 pessoas e levou-as para a Faixa de Gaza. Pelo menos 1.400 pessoas morreram em Israel desde o início da guerra e nesse mesmo dia, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.

As represálias de Israel, que busca “aniquilar” o Hamas, deixaram mais de 10.500 mortos na Faixa de Gaza, incluindo mais de 4.000 crianças, conforme o Ministério da Saúde do movimento islamista.

Israel rejeita qualquer trégua humanitária até que os reféns sejam libertados, apesar dos apelos urgentes da ONU, de ONGs e de outros países por um cessar-fogo, ou por uma pausa que possibilite a prestação de ajuda à população.

 

© Agence France-Presse

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