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Mundo

Ministro libanês pede que forças de segurança impeçam atos LGBT

Mawlawi pede que “tomem imediatamente as medidas necessárias para impedir qualquer celebração, reunião ou concentração”

Redação Jornal de Brasília

24/06/2022 18h51

LGBTQIA+

Foto: AFP

O ministro libanês do Interior, Bassam Mawlawi, pediu nesta sexta-feira (24) que as forças de segurança bloqueiem a realização de atividades da comunidade LGBT, um grupo há muito tempo discriminado neste país onde a homossexualidade é criminalizada.

Em uma nota dirigida às forças de segurança interior, Mawlawi pede que “tomem imediatamente as medidas necessárias para impedir qualquer celebração, reunião ou concentração”.

A ordem do ministro ocorre “depois da multiplicação de chamados nas redes sociais para organizar festas e celebrações para promover a homossexualidade no Líbano, e após os comentários dos religiosos rejeitando a propagação desse fenômeno”.

No texto, o ministro afirma que “a liberdade individual não pode ser invocada, que este fenômeno é contrário aos usos e costumes da sociedade e contradiz os princípios das religiões celestes”.

Essa decisão gerou indignação nas redes sociais. “O que o ministro chama de promoção da homossexualidade é na realidade uma defesa dos direitos dos homossexuais”, escreveu o advogado Nizar Saghieh.

“O que (o ministro) chama de tradições e princípios das religiões celestes são os preconceitos herdados que reprimem os direitos de milhares de cidadãos”, acrescentou.

Embora o Líbano seja considerado mais tolerante em relação à comunidade LGBT do que outros países árabes, nos últimos anos anulou diversas vezes atividades dessa comunidade, devido a pressão das autoridades religiosas.

© Agence France-Presse

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