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Ministro da Defesa russo faz primeira aparição pública após revolta de mercenários

O Kremlin disse que fez um acordo para o chefe mercenário se mudar a Belarus e receber anistia, junto com seus soldados

Redação Jornal de Brasília

26/06/2023 10h06

(Foto: Sputnik)

Após a mais séria crise política em décadas na Rússia, havia incerteza nesta segunda-feira (26) sobre o destino do ex-aliado do presidente Vladimir Putin que liderou uma breve rebelião armada, seu grupo mercenário Wagner e os dois chefes militares com os quais ele entrou em confronto sobre a conduta da guerra na Ucrânia.

Também não estava claro o impacto na invasão de 16 meses e no futuro do presidente, que enfrentou o mais sério desafio à sua autoridade em mais de 20 anos de poder.

A disputa entre o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e o comando militar da Rússia em meio à guerra na Ucrânia virou um motim, no qual combatentes do grupo mercenário deixaram o front na Ucrânia para tomar uma cidade do sul russo e marchar aparentemente sem oposição até a capital, antes de recuar menos de 24 horas depois, no sábado (24).

O Kremlin disse que fez um acordo para o chefe mercenário se mudar a Belarus e receber anistia, junto com seus soldados. Nesta segunda-feira, porém, a mídia russa reportava que uma investigação criminal contra Prigozhin prosseguia, e que seu paradeiro era desconhecido.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, fez sua primeira aparição pública desde a rebelião que exigia sua queda, inspecionando tropas nesta segunda-feira na Ucrânia, em um vídeo voltado a projetar um senso de ordem, enquanto a mídia da Rússia especulava que ele e outros graduados líderes militares teriam perdido a confiança de Putin e poderiam ser substituídos. O general Valery Gerasimov, outro alvo de críticas de Prigozhin, não havia aparecido em público.

Não está claro o que pode ocorrer a Prigozhin e suas forças, no acordo fechado pelo Kremlin e intermediado pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko. A agência estatal RIA Novosti reportou, com fontes não identificadas, que a Promotoria segue com o caso, apesar de declarações anteriores do Kremlin. A Interfax divulgou notícia similar. Caso o processo continue, a presença de Prigozhin em Belarus – uma forte aliado do Kremlin -, lhe daria pouca proteção contra prisão e extradição.

Estadão Conteúdo

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