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Ministra alemã pede cautela no relacionamento com China

Berlim tem lutado para encontrar suprimentos de reposição de gás à medida que as relações despencaram após a invasão da Ucrânia pela Rússia

Redação Jornal de Brasília

18/10/2022 12h39

Foto: Gonzalo Fuentes/AFP/Getty Images

A Alemanha deve evitar repetir, com a China, os mesmos erros de relacionamento feitos com a Rússia nos últimos anos, disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, nesta terça-feira, em um fórum de política externa em Berlim.

A ministra disse que a Alemanha deverá enfrentar uma “competição de sistemas” entre países que acreditam no direito internacional e cooperação e regimes autoritários.

“Digo muito claramente que a economia unilateral de dependência nos expõe à chantagem política. No que diz respeito à Rússia, isso é leite derramado agora”, disse Baerbock, reconhecendo que a Alemanha ignorou os avisos dos parceiros da Europa Oriental sobre sua dependência da energia russa.

“Devemos garantir que não cometeremos esse erro de novo, e isso significa que teremos de ter isso em conta em nossa política com a China”. Ela observou que uma “estratégia de segurança nacional”, em elaboração pelo chanceler Olaf Scholz, irá incluir uma estratégia alemã para a China, que será integrada numa estratégia da União Europeia.

Os governos alemães nas últimas duas décadas fortaleceram os laços econômicos com a Rússia – particularmente no setor de energia, apesar das ressalvas na Europa Oriental para projetos de gasodutos que ligam a Rússia diretamente à Alemanha.

Berlim tem lutado para encontrar suprimentos de reposição de gás à medida que as relações despencaram após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A Rússia não fornece gás à Alemanha desde o fim de agosto.

Empresas alemãs investiram pesadamente na China nos últimos anos, e o país é um dos maiores parceiros comerciais da Alemanha O governo de Scholz foi mais cauteloso em relação a Pequim do que seus antecessores desde que tomou posse, em dezembro.

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