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Mercosul pressiona UE para acordo: ‘prazos não são infinitos’ (Paraguai)

O Mercado Comum do Sul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, negocia esse tratado com a União Europeia há 25 anos.

Redação Jornal de Brasília

19/12/2025 21h54

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Foto: Reprodução

O Mercosul fez uma advertência à União Europeia nesta sexta-feira (19) sobre a assinatura do acordo de livre comércio entre ambos os blocos, prevista para esta semana e adiada diante da oposição de agricultores europeus.

“Estamos dispostos a avançar, entendendo que a Europa tem seus prazos para cumprir as questões institucionais internas, mas, ao mesmo tempo, os prazos não são infinitos”, disse a jornalistas o chanceler paraguaio Rubén Ramírez, depois de uma reunião com seus pares do Mercosul em Foz do Iguaçu.

Uma fonte da Comissão Europeia e dois diplomatas indicaram em Bruxelas que a nova data prevista é agora 12 de janeiro no Paraguai, que assumirá a presidência rotativa do Mercosul neste sábado. Ramírez, por sua vez, disse que desconhecia essa data.

“Li nos meios de comunicação essa informação. Falei com o chanceler [brasileiro] Mauro Vieira, lhe perguntei se havia recebido alguma comunicação oficial como presidente pro-tempore, e ele me disse que não. Eu também não recebi nenhuma comunicação oficial”, afirmou Ramírez.

O Mercado Comum do Sul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, negocia esse tratado com a União Europeia há 25 anos.

“A vontade política do Mercosul é assinar este acordo, a questão é que os prazos fazem com que tenhamos que orientar nossos esforços para outros mercados”, detalhou o chanceler paraguaio.

O bloco sul-americano mantém aproximações com o Catar, os Emirados Árabes Unidos e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), acrescentou Ramírez.

Os agricultores, especialmente na França e na Itália, veem com temor a chegada de carne, arroz, mel e soja dos países do Mercosul, que seriam mais competitivos devido a normas de produção consideradas menos rigorosas.

© Agence France-Presse

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