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Laços de empresas europeias com Rússia podem complicar sanções econômicas ao país

Dado que não se sabe quais seriam as medidas, as empresas europeias estão observando com cautela os desdobramentos

Redação Jornal de Brasília

16/02/2022 15h16

Foto: AFP

A Europa está contemplando sanções contra a Rússia se o país invadir a Ucrânia, mas o trabalho está longe de ser simples As punições buscariam maximizar a dor para o Kremlin, além de seus principais bancos e empresas de energia, mas também evitar pôr em risco o fornecimento de energia russo ao restante do continente ou infligir muitos danos a empresas europeias com fortes laços com a Rússia, incluindo a fabricante industrial alemã Siemens, a italiana fabricante de pneus Pirelli e montadoras como Volkswagen e Mercedes-Benz.

A Rússia tem vínculos com os mercados mundiais de energia e financeiro e abriga grandes polos investimentos estrangeiros, portanto, quaisquer medidas terão repercussões fora do país. A questão é quanto.

Dado que não se sabe quais seriam as medidas, as empresas europeias estão observando com cautela os desdobramentos e limitando seus comentários à esperança de uma solução diplomática.

A BMW disse que “a política estabelece as regras dentro das quais operamos como empresa” e que “se as condições da estrutura mudarem, vamos avaliá-las e decidir como lidar com elas”.

A Siemens AG, que obtém cerca de 1% de sua receita da Rússia, está desenvolvendo uma nova geração de trens de alta velocidade com parceiros russos a serem construídos em uma fábrica local. A Siemens Energy, de propriedade parcial da Siemens, está construindo usinas de energia e equipamentos para 57 parques eólicos na Rússia.

Os fabricantes de automóveis europeus também têm uma presença extensa no país. Volkswagen, Stellantis, Renault e Mercedes-Benz têm fábricas na Rússia, enquanto a BMW fabrica carros lá por meio do parceiro russo Avtotor.

O Kremlin tomou medidas para reduzir sua dependência econômica de outros países e fontes externas de financiamento. O país possui baixa dívida de governo e US$ 630 bilhões em reservas de moeda estrangeira e ouro. As empresas russas têm pressionado para adquirir peças localmente, mesmo quando trabalham com parceiros europeus.

Estadão Conteúdo

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