Os adolescentes que não tiram os olhos do smartphone podem estar sofrendo de um grave problema: a infelicidade. É o que aponta uma pesquisa da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, publicada pela revista “Emotion”.
Estudantes que cursavam a 8ª, 10ª e 12ª série, entre 13 e 16 anos, de escolas de todo os EUA, foram perguntados sobre o tempo que gastam em frente a telefones, tablets e computadores, além de falarem sobre as suas interações sociais e percepções de felicidade.
O resultado foi interessante. Os jovens que jogavam mais no computador, usavam mídias sociais e se comunicavam pelos smartphones se sentiam mais infelizes do que os adolescentes que gastavam o tempo em atividades como esportes, leitura de jornais e interação ‘cara a cara’.
Segundo o autor do estudo, o psicólogo Jean Twenge, o mais curioso é que ‘cortar’ a vida virtual não aumenta necessariamente o nível de felicidade. Os mais felizes acessavam as redes sociais por pelo menos uma hora diária.
“O surgimento dos smartphones é a explicação mais plausível para a redução do bem-estar psicológico entre os adolescentes entre 2012 e 2016”, indica o pesquisador.