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Israel autoriza entrada de ajuda humanitária em Gaza pelo Egito após visita de Biden

Biden confirmou que Israel havia autorizado a entrada de ajuda humanitária em Gaza via Egito “o mais rápido possível”

Redação Jornal de Brasília

18/10/2023 15h46

Foto: Banco de Imagens

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Israel anunciou nesta quarta-feira (18) que autorizará o envio de “comida, água e medicamentos” do Egito para a Faixa de Gaza após pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desembarcou em Tel Aviv durante a manhã. O território palestino, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas, está totalmente bloqueado por Israel desde o ataque do grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro.

“À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá a assistência humanitária via Egito, desde que seja apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza”, indicou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

Outra condição para a autorização é que os mantimentos não sejam entregues ao Hamas, que domina Gaza. O envio de ajuda humanitária por Israel, por sua vez, seguirá interditado até que o grupo terrorista liberte os reféns capturados no ataque, afirmou Tel Aviv em um comunicado.

Biden confirmou que Israel havia autorizado a entrada de ajuda humanitária em Gaza via Egito “o mais rápido possível” e acrescentou que Washington está trabalhando com seus parceiros para que os caminhões cruzem a fronteira.

Nos últimos dias, diversos caminhões com suprimentos se dirigiram ao cruzamento de Rafah, no Egito –o único ponto de acesso ao território palestino fora do controle de Israel. Até esta quarta, porém, não havia garantia de que os veículos conseguiriam atravessar.

A urgência se devia à crise humanitária em Gaza. Após os ataques terroristas, Israel cortou o fornecimento de água, eletricidade, combustível e alimentos ao território palestino e deu um ultimato para que todos os moradores no norte de Gaza, onde está metade da população de Gaza, fosse para o sul.

Segundo atualizações desta terça do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), diversas famílias estavam voltando para o norte após o deslocamento por causa das condições que encontraram no sul, onde bombas continuam sendo lançadas por Israel.

Diversas organizações pediram que Tel Aviv liberasse a chegada de mantimentos, já que até mesmo os hospitais começavam a entrar em colapso.

Nesta quarta, Netanyahu se reuniu na capital israelense com Biden. O presidente americano afirmou que a libertação dos reféns é a principal prioridade –segundo as autoridades israelenses, 199 pessoas foram capturadas pelo Hamas.

O movimento islâmico, por sua vez, afirma que entre 200 e 250 reféns estão na Faixa de Gaza; 22 deles teriam sido mortos devido aos bombardeios israelenses no território.

O líder americano também anunciou que solicitará ao longo da semana uma ajuda “sem precedentes” para Israel no Congresso e aconselhou o Estado judeu a evitar os erros cometidos por Washington após os atentados em 11 de setembro de 2001.

“Peço que, enquanto sentem essa raiva, não se deixem consumir por ela. Após o 11 de Setembro, nos EUA, sentimos raiva. E, enquanto buscávamos justiça e obtínhamos justiça, também cometemos erros”, alertou.

Biden afirmou também que a guerra atual, desencadeada pelo ataque mortal do Hamas contra Israel, reforçava seu apoio a uma solução de dois Estados, um israelense e outro palestino.

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