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Inspetores seguem pista de foco de febre aftosa em laboratório da Inglaterra

Arquivo Geral

05/08/2007 0h00


Inspetores do Governo britânico iniciaram hoje uma investigação de urgência num laboratório do sul da Inglaterra, side effects identificado como possível fonte do foco de febre aftosa detectado no país.

“A prioridade agora, havendo identificado as potenciais fontes da doença, é localizar o mecanismo de transmissão”, afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, após presidir a quarta reunião do comitê de crise do Governo desde que o surto foi confirmado.

“A estratégia é conter, controlar e então erradicar a doença”, acrescentou Brown em entrevista à “BBC”. O primeiro-ministro interrompeu suas férias para ficar à frente da crise.

O laboratório de Pirbright, que fica a cerca de cinco quilômetros da fazenda afetada, se transformou na principal pista do Executivo depois que os especialistas confirmaram no sábado que o tipo do vírus encontrado no gado infectado é o mesmo utilizado nesse complexo para a fabricação de vacinas e com fins diagnósticos.

As instalações agora examinadas são compartilhadas pelo Instituto de Saúde Animal (IAH, em inglês), que trabalha para o Governo britânico e a União Européia (UE), e a farmacêutica Merial Animal Health, que utilizou esta variante do vírus numa remessa de vacinas manufaturada no dia 16 de julho.

Segundo Brown, os inspetores da Comissão de Saúde e Segurança (HSE, em inglês) investigam as medidas de biossegurança tanto na empresa farmacêutica como em todo o complexo, e os resultados podem estar prontos em 48 horas.

Além da investigação da HSE, o Governo ordenou uma revisão urgente dos planos de biossegurança da instalação. O especialista em Microbiologia Hugh Pennington disse à “BBC” que a confirmação de que o laboratório é o foco da infecção seria uma boa notícia. Além de se descobrir a origem, se trataria de um vírus de vacina, o que provavelmente é menos grave.

Mas, enquanto não chega essa confirmação, o Governo não quer baixar a guarda. O ministro de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, Hilary Benn – que também interrompeu as férias -, pediu hoje aos criadores de gado que permaneçam em alerta.

O Governo aumentou o tamanho das zonas de proteção e vigilância que abrange fazendas numa área de dez quilômetros. Também manteve a proibição do transporte de animais em todo o país, além da suspensão das exportações de gado e produtos animais.

Este é o primeiro surto de febre aftosa no Reino Unido desde a epidemia de 2001, que causou estragos no país, quando entre 6,5 e 10 milhões de cabeças de gado foram sacrificados. A doença gerou perdas de cerca de £ 8,5 bilhões (cerca de € 12,5 bilhões).

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