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Mundo

Incêndio em mina da ArcelorMittal no Cazaquistão deixa ao menos 32 mortos

Segundo o governo, há 14 desaparecidos

Redação Jornal de Brasília

28/10/2023 11h40

Mina de Kostenko, ao norte da cidade de Karaganda, no Cazaquistão, neste sábado (28) após incêndio – AFP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Ao menos 32 pessoas morreram neste sábado (28) em um incêndio em uma mina da siderúrgica ArcelorMittal, no Cazaquistão. Outras 14 continuam desaparecidas, segundo comunicado do Ministério de Situações de Emergência do país.

A empresa disse que 206 das 252 pessoas na mina de Kostenko, ao norte da cidade de Karaganda, foram retiradas do local após o que parecia ser uma explosão de metano. Ainda de acordo com a AcerlorMittal, ao menos 18 pessoas precisaram de atendimento médico.

As operações de resgate seguem em andamento. Após a explosão, a empresa anunciou que iria suspender o funcionamento de todas as minas durante as próximas 24h e que cooperaria com as autoridades.

O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, visitou o local do acidente e declarou um dia de luto nacional para o domingo (29).

O mandatário anunciou o “fim da cooperação de investimentos com a ArcelorMittal” e denunciou o que chamou de “natureza sistêmica dos acidentes” na companhia.

O governo ainda afirmou que está trabalhando para finalizar um acordo para nacionalizar a empresa, que opera a maior siderúrgica do país.

No mês passado, o vice-primeiro-ministro, Roman Sklyar, havia dito a jornalistas que o país estava em negociações com potenciais investidores que poderiam assumir o controle da usina.

Ele afirmou que o governo não estava satisfeito com o fato de que a ArcelorMittal não estaria cumprindo suas obrigações de investimento, de modernização de equipamento e de segurança dos trabalhadores.

A multinacional, que tem sede em Luxemburgo, tem um histórico de acidentes no Cazaquistão e é regularmente acusada de não respeitar as normas ambientais e de segurança.

O episódio deste sábado é o segundo incidente fatal nos últimos dois meses numa mina explorada pela ArcelorMittal no país. Em 2023, as autoridades do governo registraram quase 1.000 violações de segurança nas minas da multinacional.

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