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Mundo

Imigração dos EUA prende brasileira mãe de sobrinho de secretária de Trump

Brasileira detida perto de Boston aguarda deportação enquanto defesa nega acusação de histórico criminal feita pelo DHS

Redação Jornal de Brasília

26/11/2025 13h14

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Foto: Reprodução

UOL/FOLHAPRESS

A brasileira Bruna Caroline Ferreira, mãe do sobrinho de 11 anos da secretária de imprensa e porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi presa por agentes de imigração nos Estados Unidos.

Bruna foi detida no início do mês perto de Boston. Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna disse a veículos locais que ela é uma “imigrante criminosa ilegal” que já havia sido presa antes por agressão e não tem visto válido desde 1999. A brasileira está detida no Centro de Processamento do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos) no estado da Louisiana e aguarda deportação, segundo o órgão.

O advogado dela, Todd Pomerleau, nega histórico criminal da cliente. Em entrevista à ABC News, Pomerleau disse que Bruna nunca respondeu por nenhum crime e provocou o ICE a provar o que dizem.

Bruna entrou nos EUA ainda criança e era protegida por esse status. A brasileira, segundo a defesa, estava no processo de obtenção do green card, o visto permanente para imigrantes no país, e vivia, enquanto isso, sob as regras do chamado DACA (Ação Diferida para Chegadas na Infância), que protegia pessoas que foram levadas aos EUA ainda crianças. O mecanismo tem sido alvo de ataques de Donald Trump desde seu primeiro mandato. A secretária-assistente de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, chegou a dizer em entrevista que o programa não protegia os beneficiários de deportações.

MENINO VIVE COM O PAI


Prisão aconteceu quando ela ia buscar o filho. Segundo o advogado de Bruna, ela e o irmão da porta-voz de Trump, Michael Leavitt, já foram noivos, e agora dividiam a guarda do menino. Michael contou à imprensa local que o filho não fala com a mãe desde a detenção, admitiu que é uma situação difícil e disse que só quer o melhor para a criança.

Pessoa próxima disse que o menino de 11 anos vive com o pai desde que nasceu. Em entrevista à CNN americana, esta fonte, que não foi identificada, contou que eles moram em New Hampshire e que Karoline Leavitt e Bruna não se falam há muitos anos. Procurada pela imprensa, a secretária de Trump não quis se pronunciar.

FAMÍLIA ARRECADA FUNDOS PARA PAGAR DEFESA

A irmã de Bruna, Graziela, abriu um financiamento coletivo para ajudar nas despesas. Na página, hospedada na plataforma GoFundMe, a família colocou a meta de arrecadação em US$ 30 mil, pouco mais de R$ 161 mil. Segundo Graziela, o dinheiro vai “cobrir os custos legais e todas as despesas necessárias para dar à Bruna a melhor chance possível de voltar para sua família”. Até o início da tarde de hoje, a página já havia arrecadado mais 60% do valor, quase US$ 19 mil.

Bruna chegou aos EUA com os pais em 1998. Graziela conta a história da irmã e diz que ela “sempre manteve seu status legal por meio do DACA, cumpriu todas as exigências e nunca deixou de fazer o que é certo”, destacando ainda o caráter trabalhador e generoso de Bruna.

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