Menu
Mundo

HRW acusa paramilitares russos de mortes e torturas na República Centro-Africana

De acordo com organização de Direitos Humanos, paramilitares russos que apoiam o governo da República Centro-Africana são acusados de mortes e torturas contra civis desde 2019

Redação Jornal de Brasília

03/05/2022 8h21

Foto: Divulgação / AFP

“Provas convincentes” demonstram que paramilitares russos que apoiam o governo da República Centro-Africana cometeram “graves abusos” contra civis, incluindo mortes e torturas “com total impunidade” desde 2019, assegurou a Human Rights Watch (HRW) em um comunicado publicado nesta terça-feira (3). 

Esse país, um dos mais pobres do mundo, é cenário desde 2013 de uma guerra civil que foi mortal no início, mas que perdeu de intensidade desde 2018. 

No final de 2020, o presidente Faustin Archange Touadéra pediu ajuda a Moscou para resgatar um exército frágil e sem recursos a repelir uma ofensiva rebelde que ameaçava seu governo.

Centenas de paramilitares russos – mercenários da empresa privada de segurança Wagner, segundo a ONU e países ocidentais – foram enviados para reforçar o exército que apoiava o regime desde 2018. 

Graças a eles, os grupos armados, rebeldes ou simples predadores, foram expulsos da maior parte dos dois terços do território que ainda ocupavam em 2020. 

“Provas convincentes mostram que as forças identificadas como russas que apoiam o governo centro-africano cometeram graves abusos contra civis com total impunidade”, resumiu Ida Sawyer, diretora de crises e conflitos da HRW em um relatório de 13 páginas baseado em depoimentos de dezenas de vítimas, familiares e testemunhas. 

Procurados pela HRW sobre as denúncias, nem o governo centro-africano nem o ministério das Relações Exteriores russo se pronunciaram, segundo a ONG. 

AFP

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado