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Há um genocídio palestino em curso, e ONU se mostra impotente, diz alto funcionário da organização ao renunciar

A justificativa é o que descreve como incapacidade das Nações Unidas, para quem trabalha desde 1992, de responder ao atual conflito

Redação Jornal de Brasília

31/10/2023 22h07

Reprodução

MAYARA PAIXÃO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um dos altos funcionários da ONU com mais experiência em direito humanitário, Craig Mokhiber renunciou a seu cargo na direção do escritório de Nova York do Alto Comissariado para Direitos Humanos nesta terça (31).

A justificativa é o que descreve como incapacidade das Nações Unidas, para quem trabalha desde 1992, de responder ao atual conflito no Oriente Médio entre Israel e Hamas.

“Mais uma vez, estamos vendo um genocídio diante de nossos olhos, e a organização à qual servimos parece impotente para interrompê-lo”, disse ele em uma carta ao alto comissário, o austríaco Volker Turk.

“Como advogado de direitos humanos com mais de 30 anos de carreira, sei muito bem que o conceito de genocídio já foi amplamente usado politicamente”, afirmou, “mas esse massacre em grande escala do povo palestino, baseado em uma lógica colonial étnico-nacionalista, não deixa espaço para dúvidas”.

Mokhiber também criticou países como EUA e Reino Unido, “cúmplices desses ataques”. “O projeto etnico-nacionalista para a Palestina entrou em sua fase final com a destruição dos remanescentes palestinos.”

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