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Governo argentino lança bônus para trabalhadores antes das eleições

De janeiro a agosto deste ano, o índice de preços ao consumidor acumula um aumento de 80,2%, e a inflação nos últimos 12 meses ultrapassa os 120%

Redação Jornal de Brasília

26/09/2023 23h30

O governo argentino lançou um bônus para trabalhadores do setor informal, numa tentativa de mitigar os efeitos da inflação, que atingiu seus níveis mais altos em 30 anos, e isso ocorre faltando menos de um mês para as eleições presidenciais.

A medida, que beneficiará entre dois e três milhões de pessoas, foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro da Economia e candidato presidencial Sergio Massa, no último dia em que a lei permite que ele lidere eventos governamentais.

O bônus totaliza 94.000 pesos (256 dólares, 1.272 reais) e será pago em duas parcelas, em outubro e novembro, sendo financiado por um adiantamento de impostos para o setor bancário e financeiro.

“Para garantir que essa medida não afete as contas públicas e que possamos continuar mantendo a ordem fiscal, sem que isso nos impeça de alcançar os setores mais vulneráveis, tomamos a decisão de cobrar um adiantamento extraordinário do imposto de renda às empresas que foram os grandes beneficiários da desvalorização imposta pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), principalmente bancos, empresas financeiras e empresas de seguros”, disse o ministro.

A taxa de aumento de preços na Argentina acelerou após uma desvalorização de cerca de 20% decretada em 14 de agosto, no dia seguinte às eleições primárias que deixaram o governo como a terceira força mais votada. De janeiro a agosto deste ano, o índice de preços ao consumidor acumula um aumento de 80,2%, e a inflação nos últimos 12 meses ultrapassa os 120%.

Este bônus anunciado nesta terça-feira se soma a outras medidas fiscais recentes tomadas para ajudar os trabalhadores.

Nas eleições presidenciais de 22 de outubro, as pesquisas indicam como favoritos a Massa, da coalizão governista União pela Pátria (peronistas), e a Javier Milei, um libertário de extrema direita e antissistema que surpreendeu nas primárias ao obter a maior votação (30%).

© Agence France-Presse

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