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G20 reafirma compromisso com Acordo de Paris em comunicado após cúpula

Nota reafirma o compromisso do grupo com os termos do acordo climático de Paris de 2015, em que a comunidade internacional se comprometeu em empreender os esforços para limitar o aumento da temperatura global a 2ºC

Redação Jornal de Brasília

23/07/2021 16h06

Foto: JOHANNES EISELE/AFP

Os países do G20 divulgaram um comunicado conjunto, nesta sexta-feira, 23, após a cúpula de ministros de energia e de meio ambiente sobre os desafios das mudanças climáticas.

A nota reafirma o compromisso do grupo com os termos do acordo climático de Paris de 2015, em que a comunidade internacional se comprometeu em empreender os esforços para limitar o aumento da temperatura global a 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, preferencialmente 1,5ºC.

“Todos, da China à Índia, aos Estados Unidos, Rússia e países europeus, concordaram que, especialmente após a fase pandêmica, a transição energética para energias renováveis é uma ferramenta para o crescimento socioeconômico inclusivo e rápido”, ressalta o texto.

As nações acrescentaram que consideram o Acordo de Paris como o “farol” vinculativo para a COP 26, que ocorre em outubro em Glasgow, na Escócia. Isso inclui apoio à proposta prevista no pacto de fornecimento de US$ 100 bilhões em ajuda por ano a países em desenvolvimento, para contribuir com o combate aos efeitos das alterações do clima.

“Os países do G20 concordam em ajuda aumentada para países em desenvolvimento para que ninguém fique para trás”, ressalta.

Estamos comprometidos com transição para fontes de energia renováveis

No comunicado divulgado após cúpula sobre o clima, o G20 reforçou comprometimento com o processo de transição da matriz energética de uma base de combustíveis fósseis para renováveis. “Os impactos das mudanças climáticas já foram experimentados em todo o mundo, demonstrando a necessidade de implementação de ações de adaptação”, ressalta.

O grupo garante que todas as nações estão “ativas” na transição, tendo usado US$ 2 bilhões de recursos previstos nos Fundos de Investimento no Clima (CIFs). Também classifica o hidrogênio como “pedra angular” no processo de redução de emissões de gáses do efeito estufa.

“Reafirmamos nosso compromisso em reduzir as emissões no setor de energia e nós prometemos fazer isso ainda mais por meio da cooperação no uso e disseminação de tecnologias limpas”, ressalta.

A nota acrescenta que Rússia e China se comprometeram em descontinuar gradualmente a produção de energia por carvão. “A eficiência energética é um fator crucial nas transições de energia limpa e na crescimento econômico, por isso o G20 está empenhado em aumentar as iniciativas multilaterais já existentes em todo o mundo”, avalia.

Metrópoles

O G20 reconheceu as grandes cidades como locais particularmente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Por isso, o grupo defende as metrópoles como “atores muito importante” nas ações de mitigação dos impactos das alterações no clima.

Os países chamam atenção para a “importância de se viver em harmonia com a natureza, construir resiliência e acelerar a redução das emissões de gases do efeito estufa”. Nesse sentido, destacam que deve haver investimentos “urgentes” para a promoção de uma mobilidade urbana sustentável e acessível.

“O progresso contínuo no uso extensivo e investimento de tecnologias é encorajado em conglomerados urbanos, para integração de sistemas de energia renovável variável”, salienta a nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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