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Brasil

PPA Solidariedade faz aporte de R$ 150 mil para o fortalecimento de cooperativas de agricultura familiar em Santarém

Para enfrentamento da Covid-19, cooperativas criam plano para ampliar a capacidade de venda de produtos da agricultura familiar

Redação Jornal de Brasília

23/07/2021 15h54

Apoiar as cooperativas de agricultores familiares da região metropolitana de Santarém no enfrentamento aos impactos da pandemia da Covid-19 foi o objetivo do diagnóstico participativo realizado em 2020 pela Ecam Projetos Sociais, por meio da iniciativa PPA Solidariedade em parceria com a Cargill, que resultou na construção de um plano de desenvolvimento econômico. A proposta da iniciativa foi beneficiar com apoio financeiro para capital de giro, no valor de R$ 150.000,00 dividido entre as três cooperativas selecionadas, o que vai apoiar, direta e indiretamente, mais de 500 famílias de agricultores familiares.

O trabalho para seleção, acompanhamento e construção do plano de investimento foi iniciado em fevereiro deste ano, após a conclusão do diagnóstico, análise de resultados, visita de campo e mapeamento por meio do processo de georreferenciamento. Entre as cooperativas selecionadas estão organizações chefiadas por mulheres, que integram agricultores ribeirinhos da região do planalto, indígenas e quilombolas dos municípios da região metropolitana de Santarém (Mojuí dos Campos e Belterra).

A Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar da Comunidade da Boa Esperança (Coopboa) teve suas atividades paralisadas durante o período da pandemia e, segundo seu presidente Tarcísio Rabelo, o apoio com capital de giro possibilitou a retomada da atividade comercial. “Está sendo de grande valia para todos os nossos produtores, que estão sendo beneficiados em receber logo o dinheiro da sua produção, e para cooperativa que estava numa situação muito difícil sem ter como honrar seus compromissos e agora, graças a Deus, já temos a mercadoria em estoque, toda paga, e os cooperados satisfeitos. Esse é um dos melhores momentos para nós da direção e cooperados depois de uma crise tão intensa como essa”, comentou.

Quem também ficou feliz com a entrada do investimento financeiro foi a Cooperativa Agrícola Mista dos Produtores do Oeste do Pará (Ccampo). “A gente vem de um período bem difícil na cooperativa, com a questão da pandemia, as vendas caíram muito, principalmente porque o nosso principal cliente ainda é o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Então, 2020 foi um ano muito difícil, teve períodos em que até as feiras tiveram restrição para as vendas, alguns dias fechados. Com esse recurso a gente conseguiu fazer os pagamentos à vista dos produtores e isso permite a gente continuar mantendo as operações da cooperativa”, ressaltou Mário Zanelato, presidente da Ccampo.

A Cooperativa dos produtores da Agricultura Familiar de Santarém (Coopafs) investiu o recurso do capital de giro na aquisição de sementes e insumos, que foram doados aos cooperados já pensando na produção das frutas, verduras e legumes produzidos nas comunidades de várzea, territórios quilombolas e no planalto santareno. “Esse período pandêmico que trouxe todo um retrocesso ao nosso trabalho na lavoura, nos campos e escoamento da produção. Quando a gente foi contemplada com esse projeto a gente agradeceu, por tantas bençãos, de tudo que a gente passou com a pandemia que ainda não terminou. Esse projeto trouxe esperança através de vocês e de todo o estudo com georreferenciamento, visita em campo e a gente só tem a agradecer”, explicou a presidente da Coopafs, Lucilene Sousa.

Além da aquisição de sementes e insumos por parte da Coopafs, as demais cooperativas investiram o recurso na aquisição de outros produtos oriundos da agricultura familiar. Vale ressaltar que o projeto contemplou cooperativas que atuam em segmentos diferenciados, como a Ccampo, com a venda de polpa de frutas e macaxeira congelada. No caso da Coopafs, com a venda de tubérculos, raízes, frutas e legumes além dos derivados da macaxeira e mandioca.

“Apoiar a agricultura familiar significa contribuir para o desenvolvimento da comunidade santarena, preservando sua história e vocação”, explica Flavia Tayama, diretora de Responsabilidade Corporativa da Cargill no Brasil e presidente da Fundação Cargill. “A iniciativa está alinhada ao propósito da nossa empresa, que é de nutrir o mundo de forma segura, responsável e sustentável. E fazer isso apoiando o desenvolvimento local é motivo de muito orgulho para todos nós”, completa.

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