A França se ofereceu, nesta sexta-feira (25), para “ajudar, se necessário”, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, ao considerar sua “segurança” uma prioridade em meio à ofensiva russa na Ucrânia – declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian.
“A segurança do presidente Zelensky é um elemento central do que está acontecendo agora”, afirmou Le Drian, na rádio pública France Inter, no momento em que a Rússia intensifica sua ofensiva contra a capital ucraniana, Kiev, onde tiros e explosões foram relatados.
“Estamos em condições de ajudá-lo, se necessário (…) Tomaremos todas as medidas cabíveis”, acrescentou o chefe da diplomacia francesa.
Para Le Drian, o presidente russo, Vladimir Putin, quer apagar a Ucrânia do “mapa dos Estados”. O ministro francês alertou ainda que a operação russa em curso pode se estender até Moldávia e Geórgia.
Essas duas ex-repúblicas soviéticas contam com territórios controlados por separatistas pró-Rússia, assim como a Ucrânia.
Putin justificou a atual ofensiva como uma maneira de proteger as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.
Putin garantiu que não procura a “ocupação” desta ex-república soviética, mas sim “uma desmilitarização e desnazificação” do país, junto com a proteção destas duas regiões de Donbas.
“A questão de Donbas foi apenas um pretexto. O que Putin quer é a submissão da Ucrânia e, aparentemente, continuará sua ofensiva até o fim”, acrescentou Le Drian.
“O presidente Putin quer reinventar a história, quer recriar um império”, enfatizou.
Diferentemente da Guerra Fria, desta vez, há “uma guerra no coração da Europa”, acrescentou o ministro francês.
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