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Explosões deixam 170 mortos em Mumbai

Arquivo Geral

11/07/2006 0h00

Atualizada às 16h18

Ao menos 170 pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas hoje quando sete bombas explodiram em trens metropolitanos lotados de Mumbai, pharm sales o centro financeiro da Índia, remedy disseram autoridades.

Nenhum grupo havia reivindicado o ataque, viagra que ocorreu na hora do rush do fim da tarde e foi o pior a atingir a cidade em mais de uma década.

As suspeitas, no entanto, devem recair nos militantes muçulmanos que lutam pela independência da região da Caxemira. Esses grupos já foram responsabilizados por vários ataques a bomba na Índia no passado.

O comissário de polícia A.N. Roy disse que o total de mortos é de 135, e o ministro Vilasrao Deshmukh, principal autoridade eleita do Estado, disse que havia cerca de 300 feridos.

"Não temos certeza se foi RDX ou não", disse Roy, referindo-se ao possível uso de poderosos explosivos plásticos.

As explosões aconteceram com um intervalo de menos de dez minutos. Os passageiros fugiram desesperados pelas estações e as linhas telefônicas ficaram congestionadas.

Imagens da TV mostravam vagões destruídos e pessoas ensangüentadas carregando os mortos e feridos debaixo de uma chuva constante. Segundo a imprensa local, as explosões parecem ter tido como alvo os vagões de primeira classe.

Um policial foi filmado carregando o que parecia ser partes de corpos humanos. Segundo a mídia local, as explosões foram nos vagões da primeira classe. Centenas de passageiros atordoados andavam ao longo das linhas de trem.

"As explosões aconteceram quando os trens estavam mais lotados", disse D.K. Shankaran, secretário-chefe do Estado de Maharashtra, do qual Mumbai é a capital.

O premiê Manmohan Singh pediu calma, e Sonia Gandhi, líder do principal partido do Congresso, manifestou seu pesar. "Peço às pessoas que não acreditem em boatos e que prossigam normalmente com suas atividades", disse o premiê, que chamou os ataques de um "ato vergonhoso".

As explosões aconteceram nos subúrbios do oeste de Mumbai, ligados às áreas do centro da cidade por uma rede ferroviária que é usada por cerca de 6,5 milhões de pessoas por dia.

"Controlamos as chamas em todos os locais e agora estamos levando os feridos aos hospitais", disse à Reuters A. Jhandwal, chefe do Corpo de Bombeiros de Mumbai. Sobreviventes em choque, com ferimentos na cabeça, pernas e braços, esperavam por socorro nas estações, e não havia sinal do atendimento de emergência.

"Ouvimos um forte barulho em um dos compartimentos do trem. Quando corremos para lá, vimos gente com membros decepados e ferimentos horríveis", disse uma testemunha à emissora CNN-IBN. "Não havia polícia nem funcionários da ferrovia para ajudar."

Segundo as autoridades, foram atingidas cinco composições e duas estações. O primeiro ataque aconteceu às 18h24 (8h54 pelo horário de Brasília), e os outros ocorreram logo em seguida. "Parece ter sido tudo planejado", disse à CNN-IBN Anil Sharma, comissário-chefe de segurança da Western Railway.

O primeiro-ministro Singh convocou imediatamente uma reunião de emergência. "A segurança foi colocada em alerta máximo", disse o secretário do Interior, V. K. Duggal, antes da reunião.

Horas antes das explosões, supostos militantes islâmicos mataram sete pessoas, a maioria turistas, numa série de ataques a granada na principal cidade da Caxemira indiana, Srinagar, afirmou a polícia. A Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão pouco depois de os dois países declararem independência da Grã-Bretanha, em 1947, mas ambos reivindicam a totalidade do território.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão emitiu uma nota dizendo que o presidente Pervez Musharraf e o premiê Shaukat Aziz condenam veementemente o "ataque terrorista" em Mumbai.

A cidade de cerca de 17 milhões de habitantes, que antes era chamada Bombaim, foi atingida por ataques a bomba no passado. Em 1993, mais de 250 pessoas morreram em explosões na cidade, atribuídas pelas autoridades a gangues criminosas.

 

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