O Exército israelense afirmou ter matado nesta sexta-feira (21) cinco combatentes palestinos em uma área controlada por suas tropas no sul da Faixa de Gaza.
O incidente ocorre após dois dias de bombardeios mortais no território, que colocam em risco a frágil trégua em vigor desde 10 de outubro entre Israel e o movimento islamista Hamas.
Segundo o comunicado militar, as tropas israelenses identificaram “cinco terroristas que emergiram de uma infraestrutura subterrânea no leste de Rafah”. “Os terroristas se aproximaram, representando uma ameaça imediata. Posteriormente, a FAI (força aérea) os eliminou”, acrescentou.
Um hospital de Gaza também informou à AFP que uma pessoa morreu por fogo israelense em outro incidente perto de Khan Yunis, em uma área fora do controle do Exército israelense.
Na quarta-feira, Gaza viveu um de seus dias mais mortais desde o início da trégua. Um total de 27 pessoas morreram em ataques em todo o território, segundo a agência Defesa Civil de Gaza, que opera sob a autoridade do Hamas.
Na quinta-feira, outras cinco pessoas morreram, indicou a mesma fonte.
De acordo com o Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, 312 palestinos foram mortos por fogo israelense desde o início da trégua.
O Conselho de Segurança da ONU votou na segunda-feira a favor de uma resolução redigida pelos Estados Unidos que apoia o plano de paz para Gaza do presidente americano, Donald Trump. O Hamas rejeitou a resolução por não atender às “demandas políticas e humanitárias” dos palestinos.
A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel, que resultou na morte de 1.221 pessoas.
A ofensiva de retaliação de Israel em Gaza matou pelo menos 69.546 pessoas, segundo números do Ministério da Saúde que a ONU considera confiáveis.
AFP