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Exército de Israel destitui generais que não impediram ataque de 7 de outubro

Haliva e Finkelman já haviam renunciado, assumindo a responsabilidade pela tragédia de 7 de outubro, enquanto Basyuk se aposentou após a guerra de 12 dias iniciada por Israel contra o Irã em junho

Redação Jornal de Brasília

24/11/2025 7h45

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Foto por ABIR SULTAN / POOL / AFP

O Exército de Israel anunciou a destituição de três generais e sanções disciplinares contra outros devido ao fracasso no trabalho para impedir os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.

O general de divisão Aharon Haliva, que era chefe de inteligência militar, o general de divisão Oded Basyuk, que era comandante de operações, e o general de divisão Yaron Finkelman, que naquele dia havia acabado de assumir o comando da região militar sul de Israel, serão destituídos “do corpo de reserva” e deixarão de “fazer parte” do Exército, segundo um comunicado publicado na noite de domingo.

Haliva e Finkelman já haviam renunciado, assumindo a responsabilidade pela tragédia de 7 de outubro, enquanto Basyuk se aposentou após a guerra de 12 dias iniciada por Israel contra o Irã em junho.

O comunicado do Exército afirma que os três são pessoalmente responsáveis pelo fracasso da instituição militar em prever e impedir o sangrento ataque do movimento islamista palestino Hamas da Faixa de Gaza contra o sul de Israel.

As medidas, adotadas pelo comandante militar de Israel, o tenente-general Eyal Zamir, foram anunciadas após a publicação, no início do mês, do relatório de um comitê de especialistas que encerra as investigações dentro do Exército sobre as deficiências que levaram ao ataque de 7 de outubro.

O relatório concluiu que havia uma “deficiência sistêmica e organizacional de longa data” dentro do aparato militar.

Também lamentou os “processos deficientes de tomada de decisão e mobilização de forças” na noite do ataque, com falhas no nível do Estado-Maior, na direção de operações, na direção de inteligência militar, no Comando Sul, mas também na Força Aérea e na Marinha.

Além dos três generais destituídos, o Exército anunciou sanções disciplinares contra o general de divisão aérea Tomer Bar e o vice-almirante David Saar Salma, respectivos comandantes da Aeronáutica e da Marinha.

Também serão impostas medidas disciplinares a outros quatro generais e quatro oficiais superiores.

AFP

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