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Estatal venezuelana Pequiven diz que países pobres deveriam pagar menos por petróleo

Arquivo Geral

27/10/2007 0h00


A companhia estatal petroquímica venezuelana Pequiven considera que os países pobres deveriam pagar cerca de US$ 40 pelo barril de petróleo, buy e os desenvolvidos quase US$ 80, page disse hoje à agência Efe seu diretor comercial, Francisco Toro.

Após conceder uma entrevista coletiva na K 2007, a Feira Internacional de Comércio de Plástico e Borracha de Düsseldorf (oeste da Alemanha), Toro assegurou à Efe que “deve haver um preço justo para os hidrocarbonetos”.

“Este preço seria mais alto para os países industrializados e que fazem maior uso de energia fóssil, mas também acessível para os países que não têm esse nível de desenvolvimento”, acrescentou.

Toro ainda disse que “se o preço do barril de petróleo, que nos anos 80 estava em US$ 8, acompanhasse a inflação de todos os produtos, estaria hoje em cerca de US$ 100”.

“Isso é uma reação a um mercado, mas é um preço impossível de ser pago pelos países mais pobres”, disse. Por isso, o diretor comercial da Pequiven opinou que “deve haver um petróleo equilibrado, com um componente dedicado aos países em desenvolvimento e outro aos países desenvolvidos”.

Perguntado sobre um número concreto para o preço do barril de petróleo, Toro respondeu que “deveria ser de US$ 40 ou 50 para o petróleo barato e US$ 80 ou US$ 90 para o petróleo dos países desenvolvidos”.

O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro, referencial na Europa, chegou ontem ao preço recorde de US$ 89,30 no mercado de Londres. Ao mesmo tempo, o barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) superou os US$ 92 na Bolsa Mercantil de Nova York.

A Pequiven participa este ano pela primeira vez da Feira em Düsseldorf, que começou no dia 24 de outubro e irá terminar na próxima quarta-feira. A respeito dos acordos de cooperação assinados há pouco mais de um ano entre o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e da Venezuela, Hugo Chávez, Toro disse que “a partir deles foi criada a companhia VenIran”.

Segundo ele, é “uma empresa mista que vai realizar o estudo de viabilidade da primeira fábrica de metanol que irá produzir um milhão de toneladas, e que ficará localizada em Güiria, no estado de Sucre (Venezuela)”.

Sobre as dificuldades de cooperação com o Irã em matéria energética, Toro assegurou que “a única dificuldade são as ameaças feitas pelos Estados Unidos, que continuam falando em guerra, fazendo com que o preço do petróleo tenha aumentado cerca de US$ 10 nas últimas semanas”.

“O preço do petróleo na faixa dos US$ 80 é especulativo, e não depende dos países produtores, já que há petróleo suficiente nas reservas dos países desenvolvidos para que os valores sejam mantidos sem este vaivém histérico gerado pelos mercados de Nova York e de Londres”, afirmou.

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