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Derretimento de geleiras gera aparecimento de 3.000 novas lagoas no Peru

Silva explicou que entre as novas lagoas formadas “cerca de 500 representam um possível perigo de transbordamento”

Redação Jornal de Brasília

22/09/2022 18h03

Foto: Alex Treadway/ICIMOD/Divulgação

O Peru registrou a formação de mais de 3.000 novas lagoas em seu território como resultado do derretimento de suas geleiras pelo aquecimento global, informou nesta quinta-feira (22) o Ministério do Meio Ambiente (Minam).

“Até atualmente, foram identificadas mais de 3.000 novas lagoas no país como resultado do derretimento das geleiras”, revelou um comunicado do Minam.

A vice-ministra dessa pasta, Yamina Silva, alertou que as geleiras do país andino estão em processo de derretimento, “o que pode gerar risco para as populações que vivem nas partes mais baixas, porque estão sendo criadas novas lagoas que representam um risco em potencial”.

Silva explicou que entre as novas lagoas formadas “cerca de 500 representam um possível perigo de transbordamento por causa das mudanças climáticas”.

O Peru tem um total de 2.679 geleiras que cobrem cerca de 2.000 km². Em julho de 2021, a Autoridade Nacional da Água (ANA) informou que o aquecimento global provocou o derretimento de 51% da superfície das geleiras do Peru nos últimos 50 anos, o que originou a formação de novas lagoas.

A montanha nevada Pastoruri, com 5.200 metros de altura e localizada na região de Ancash (norte), uma das joias do turismo no Parque Nacional Huascarán, é a mais afetada, com mais de 50% de sua superfície derretida pelas mudanças climáticas, de acordo com o relatório da ANA.

O Peru tem mais de 8.000 lagoas em suas 18 cadeias de montanhas nevadas no país, conforme relatado pela ANA.

O país andino tem a cadeia montanhosa tropical de maior superfície, 71% das geleiras tropicais do mundo e 27 dos 32 climas do mundo, segundo a ANA.

© Agence France-Presse

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