A candidata da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, ficou em segundo, com 23,7% a 25% dos sufrágios, enquanto o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna foi terceiro, com 13,1% a 14%.
Fontes oficiais asseguraram que a esposa do líder argentino, Néstor Kirchner, obteve “uma votação claramente acima” dos 40% de que necessita para sagrar-se presidente.
A legislação argentina prevê que para que um candidato ganhe as eleições em primeiro turno deve obter 45% dos votos ou ter 40% mais dez pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado.
De acordo com pesquisas divulgadas por rádios e televisões locais, em quarto lugar ficou o peronista dissidente Alberto Rodríguez Saá, da Frente Justiça, União e Liberdade (Frejuli), com 7,5%. Na quinta posição ficou Ricardo López Murphy, candidato do Recrear, com 2,7%.
Enquanto isso, e ainda as sondagens de boca-de-urna, o vice-presidente argentino, Daniel Scioli, ganhou o pleito para governador da província de Buenos Aires, principal distrito eleitoral do país, com mais de 50% dos votos.
As primeiras pesquisas foram divulgadas uma hora depois do previsto, porque a juíza eleitoral María Servini de Cubría decidiu estender a votação em Buenos Aires por esse mesmo prazo diante da grande quantidade de pessoas que ainda não haviam votado.
Vários partidos e dirigentes da oposição, de mais variadas tendências, denunciaram irregularidades e inclusive “fraude” nas eleições realizadas hoje na Argentina, mas o Governo disse que o processo foi “exemplar”.
As denúncias apresentadas à Justiça eleitoral dizem respeito à falta de cédulas e de listas de candidatos nos centros de votação. Os denunciantes são Coalizão Cívica, Uma Nação Avançada (UNA) e a Frente Justiça, União e Liberdade (Frejuli), que levam como candidatos à Presidência Elisa Carrió, Roberto Lavagna e Alberto Rodríguez Saá, respectivamente.
O ministro do Interior, Aníbal Fernández, assinalou, no entanto, que o processo eleitoral de hoje foi “cristalino” e “exemplar”, e que não é responsabilidade das autoridades, e sim dos partidos, repor as cédulas e listas de candidatos. Entre os que denunciaram irregularidades está também o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).
Em comunicado, Menem declarou que houve um “tremendo retrocesso” na democracia argentina com a “concretização de uma notável fraude” na periferia de Buenos Aires, mediante a eliminação de listas de candidatos da oposição nos locais de votação.