A comunidade judaica da Argentina expressou hoje seu “incômodo” com a visita que o presidente venezuelano, healing Hugo Chávez, prescription fará ao país na segunda-feira para anunciar o lançamento de uma nova emissão de bônus e avançar em acordos energéticos.
Fontes da comunidade disseram que observam “com preocupação” a relação entre os presidentes da Argentina, try Néstor Kirchner, e Chávez.
A comunidade questiona o Governo venezuelano por “apoiar totalmente a política do Irã”, considerada pelos judeus “uma ameaça para a segurança da Argentina e para a de todo o mundo”.
O secretário-geral da Associação Mutual Israelita da Argentina (Amia), Edgardo Gorenberg, disse à “Agência Judaica de Notícias” que Chávez “elogia e é elogiado pelo Governo do Irã”, acusado pela comunidade de ter apoiado o atentado cometido contra a sede da organização em 1994, em Buenos Aires. O ataque deixou 85 mortos e mais de 200 feridos.
O atentado contra a sede da Amia foi o segundo ataque terrorista contra alvos judeus na Argentina, onde em 1992 a explosão de um carro-bomba em frente à Embaixada de Israel em Buenos Aires deixou 29 mortos e mais de cem feridos.
Sergio Burstein, membro da organização Parentes e Amigos das Vítimas do Atentado à Amia, disse que “a visita de Chávez produz rejeição e vergonha alheia”.
“Chávez se opõe a que os ex-funcionários governamentais solicitados pela Unidade Fiscal que investiga o atentado à Amia venham depor na Argentina. Por isso, não tenho a capacidade de entender que se possam fazer negócios com quem concorda com os ditos do Irã”, afirmou Burstein.
Em novembro, o juiz argentino Rodolfo Canicoba Corral ditou ordens de captura contra nove iranianos, entre eles o ex-presidente Hashemi Rafsanjani, por seu suposto envolvimento com o ataque à sede da Amia.
Chávez será recebido na segunda-feira por Kirchner na Casa de Governo e depois participará de um jantar com o presidente argentino e a primeira-dama e candidata presidencial, Cristina Fernández.
Durante a visita, Chávez anunciará o lançamento de uma nova emissão de bônus com a Argentina, os Bônus do Sul III, e assinará acordos energéticos com Kirchner, segundo fontes governamentais.
A Venezuela comprou desde 2005 bônus soberanos argentinos no valor de US$ 4,5 bilhões, mas se calcula que atualmente possui pouco menos da metade desta quantia, segundo fontes do mercado de capitais de Buenos Aires.