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Cientistas descobrem na África do Sul primeiras tumbas da pré-história

As sepulturas, ovais, foram descobertas a cerca de 30 metros sob a terra, no sítio paleontológico “Berço da Humanidade”

Redação Jornal de Brasília

05/06/2023 17h50

Foto: AFP

Uma equipe de cientistas liderada pelo paleoantropologista Lee Berger afirmou nesta segunda-feira (05) que descobriu na África do Sul as tumbas mais antigas da pré-história.

“Tratam-se dos enterros de hominídeos mais antigos já registrados, anteriores em ao menos 100 mil anos aos enterros de Homo sapiens, afirmam os cientistas em uma série de artigos, que precisam ser revisados ??por seus pares antes de serem publicados na revista científica” eLife”. “Estas descobertas mostram que as práticas mortuárias não se limitavam ao Homo sapiens ou a outros hominídeos de cérebro grande.”

As sepulturas, ovais, foram descobertas a cerca de 30 metros sob a terra, no sítio paleontológico “Berço da Humanidade”, no noroeste de Joanesburgo, declarado patrimônio mundial pela Unesco e repleto de cavernas e fósseis pré-humanos.

As tumbas contêm ossos de Homo naledi, primos distantes do homem, que tinham o cérebro do tamanho de uma laranja e cuja descoberta por Lee Berger, em 2013, havia questionado algumas teorias sobre a evolução.

As sepulturas mais antigas que já haviam sido descobertas, principalmente no Oriente Médio e Quênia, tinham cerca de 100.000 anos e continham restos de Homo sapiens, antepassado direto do homem. As tumbas encontradas na África do Sul datam de pelo menos 200.000 anos aC.

Durante as escavações, que seguiram em 2018, a equipe de Lee Berger também encontrou símbolos geométricos – linhas, quadrados e cruzes – traçados nas paredes dos túmulos. “Isto significaria que não apenas os humanos não foram os únicos que desenvolveram práticas acompanhadas, mas também que sequer podem ter sido os que criaram este comportamento”, sustentou o paleoantropologista de 57 anos, apoiado pela “National Geographic”.

Os investigadores costumam associar o domínio do fogo, da gravura e da pintura ao tamanho grande do cérebro do homem moderno.

© Agence France-Presse

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