O chanceler iraniano, Abbas Araqchi, viajará na quarta-feira a Paris para conversar com seu homólogo, Jean-Noël Barrot, sobre o programa nuclear de Teerã e dois franceses atualmente retidos na embaixada no Irã, informou nesta segunda-feira (24) a diplomacia francesa.
Teerã está sob pressão das potências ocidentais para permitir que os inspetores da agência de controle nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entrem em suas instalações.
“O ministro das Relações Exteriores Araqchi viajará à França na quarta-feira e se reunirá com o ministro”, detalhou a diplomacia francesa, especificando que será uma oportunidade para instar o Irã a retomar a cooperação com a AIEA.
Teerã cortou relações com a AIEA após a breve guerra iniciada por Israel em junho. O país islâmico considerou que o organismo era em parte responsável pelo conflito, iniciado após a aprovação de uma resolução crítica sobre o programa nuclear iraniano.
As inspeções acabaram sendo retomadas, mas não nas principais instalações nucleares como Fordow, Natanz e Isfahan, afetados pelos ataques.
Na quinta-feira, a AIEA adotou uma resolução que solicita ao Irã que coopere “plenamente e sem demora” com este regulador. Teerã então defendeu uma nova abordagem para permitir a inspeção de seus locais nucleares atacados.
Ambos os chanceleres também discutirão os casos de Cécile Kohler e Jacques Paris, que foram libertados da prisão em 28 de outubro após mais de três anos detidos no Irã. Agora eles estão na embaixada da França em Teerã aguardando autorização para deixar o território.
AFP