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Cerca de 150 mil evacuados através de corredores humanitários na Ucrânia

Esses corredores estão operando nas regiões de Kiev, Sumy (350 km a nordeste da capital), Kharkiv (nordeste do país) e Zaporizhia (leste)

Redação Jornal de Brasília

14/03/2022 17h06

Quase 150.000 pessoas conseguiram deixar a Ucrânia por corredores humanitários desde que a Rússia começou a invasão ao país, informou uma autoridade ucraniana nesta segunda-feira (14).

“Ativamos 26 corredores humanitários. Graças a eles, os ônibus conseguiram evacuar um grande número de pessoas. Podemos dizer que são cerca de 150 mil pessoas”, disse o vice-diretor do gabinete presidencial ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, citado pela agência de notícias Interfax-Ucrânia.

Esses corredores estão operando nas regiões de Kiev, Sumy (350 km a nordeste da capital), Kharkiv (nordeste do país) e Zaporizhia (leste), segundo Tymoshenko.

Além disso, nas regiões de Donetsk e Lugansk, dois territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, civis também conseguiram fugir dos combates usando corredores humanitários, disse ele.

Em Mariupol, cidade portuária sitiada por tropas russas, cerca de 160 carros atravessaram um corredor humanitário nesta segunda-feira, em direção a Zaporizhzhia, informou o conselho municipal.

Tymoshenko confirmou que cidadãos de Mariupol deixaram a cidade em seus próprios veículos.

Na sexta-feira, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky estimou que cerca de 100.000 pessoas foram evacuadas de outras cidades atingidas pelos combates desde quarta-feira, graças a corredores humanitários.

Veja os dados totais:

Base militar ucraniana foi atacada do espaço aéreo russo, diz funcionário dos EUA

Os mísseis de cruzeiro que devastaram uma base militar no oeste da Ucrânia e próxima da Polônia foram lançados de aviões no espaço aéreo russo, disse nesta segunda-feira (14) uma fonte do Pentágono, que detalhou que uma zona de exclusão aérea não impediria o ataque.

“Dezenas” de mísseis de cruzeiro foram lançados contra a base de Yavoriv de bombardeiros que voavam sobre a Rússia durante a noite de sábado, matando 35 pessoas e ferindo 134.

A base está situada a oeste de Lviv e a apenas 20 quilômetros da fronteira com a Polônia, país-membro da União Europeia e da Otan.

O ataque deixou claro que o oeste ucraniano, que permaneceu relativamente seguro desde que as forças russas invadiram o país em 24 de fevereiro, era vulnerável, especialmente aos mísseis de longo alcance.

O funcionário do Departamento de Defesa americano, que falou em condição de anonimato, disse que o ataque era um exemplo de como uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia “não teria qualquer efeito”.

Kiev vem pedido insistentemente pela instauração de uma zona de exclusão aérea sobre o país para evitar ataques vindos do ar.

Mas os aliados dos Estados Unidos e da Otan afirmam que isso significaria derrubar qualquer avião russo que viole a zona, o que poderia expandir a guerra para a maior parte da Europa e até mesmo aos Estados Unidos.

O Pentágono assinalou que não havia americanos na base de Yavoriv, que é utilizada para treinamento. No entanto, com base em postagens de supostos voluntários estrangeiros nas redes sociais, o local abrigava soldados de diversas nacionalidades que integrariam a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, entre os quais há inclusive brasileiros.

O ataque não atrapalhou o envio de armamento e munições ocidentais às forças da Ucrânia, segundo a fonte do Pentágono, que acrescentou que as entregas foram realizadas durante o último fim de semana.

Além disso, a fonte enfatizou que a base de Yavoriv não esteve envolvida nos envios de armas. “Os ataques a Yavoriv não afetarão isso”, disse o funcionário, ao se referir às entregas de armas.

© Agence France-Presse

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